A 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julgou e condenou a 18 anos de prisão Luana Tavares dos Santos, acusada de tentativa de homicídio contra Regiane Ribeiro da Silva. O crime teria ocorrido no dia 21/07/2020, por volta das 20h30, no ramal da Prainha, bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus.
No mesmo julgamento, os réus Ayrton Leandro Simplício da Silva e Kaleo Grante dos Santos foram condenados a 14 anos de reclusão.
A sessão de julgamento da ação penal (nº 0698107-44.2020.8.04.0001), presidida pelo juiz Lucas Couto Bezerra, começou na quarta-feira (19/10), às 11h30, e teve a sentença lida às 18h00 de quinta-feira (20/10).
O Ministério Público do Estado do Amazonas esteve representado pelo promotor de justiça Luiz do Rego Lobão Filho e na defesa dos réus atuaram os advogados Efigênia Generoso de Araújo, João Victor Barbosa Generoso de Araújo, Janaína Fernandes, Tereza do Carmo Castro e Bruno Infante Fonseca.
Ao proferir a sentença, seguindo o previsto no artigo 492 do Código de Processo Penal, o juiz determinou a execução provisória da pena de Luana Tavares dos Santos. Já os réus Ayton Leandro Simplício da Silva e Kaleo Grante dos Santos tiveram a prisão preventiva revogada e poderão recorrer em liberdade, porém, com medidas cautelares, como: proibição de manter contato com a vítima e testemunhas do processo; proibição de ausentar-se da Comarca de Manaus; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; e monitoração eletrônica.
Denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas, Luana Tavares dos Santos e Regiane Ribeiro da Silva eram amigas e moravam juntas, mas houve uma desavença entre as duas e Luana teria ordenado ao seu namorado Ayrton Leandro Simplício da Silva que armasse um programa com Regiane.
No horário combinado, Ayrton e o amigo Kaleo Grante dos Santos, a bordo de um veículo, aguardaram a chegada da vítima. Quando ela entrou no veículo, teria sido combinado que Kaleo ficaria em um determinado ponto, mas no caminho este teria passado uma corda no pescoço de Regiane e Ayrton teria desferido golpes de faca na vítima.
Mesmo ferida ela conseguiu fugir e pedir socorro em uma residência no ramal da Prainha, no bairro Tarumã. A polícia chegou até eles porque Regiane deixou cair o celular dentro do veículo e o mesmo foi encontrado em poder de Luana.