As pesquisas apoiadas pelo Governo do Amazonas foram apresentadas aos visitantes da Feira de Agronegócios da Nilton Lins…
O público que visitou o estande da ação “Fapeam na Feira-20 anos”, ontem (13/08), teve a oportunidade de conhecer mais dois novos projetos fomentados pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O primeiro utiliza realidade aumentada como tecnologia para ilustrar o universo dos insetos amazônicos, e o segundo está desenvolvendo recursos didáticos e pedagógicos para apoiar professores e escolas na inclusão de estudantes público-alvo da educação especial.
As duas pesquisas participaram da exposição “Fapeam na Feira-20 anos”, que ocorreu durante a VII Feira de Agronegócios da Nilton Lins, de 9 a 13 de agosto, na área externa da universidade. A ação de popularização da ciência da Fapeam visa divulgar resultados de projetos de pesquisas fomentados pela instituição para o público em geral, demonstrando na prática a importância da ciência e da tecnologia no cotidiano das pessoas.
O “InsetAR’ é um software desenvolvido por pesquisadoras do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), por meio do Programa Amazônidas: Mulheres e Meninas na Ciência. Segundo a coordenadora do projeto, a doutora em Ciências Biológicas, Itanna Oliveira Fernandes, o diferencial da ferramenta é que pela primeira vez na Amazônia um aplicativo de realidade aumentada está sendo utilizado em uma exposição já existente.
“Você baixa o aplicativo gratuitamente em qualquer plataforma digital, tanto na Apple Store, quanto na Google Play, e instala no seu tablete ou telefone. Uma vez instalado, você precisará apontar a câmera do seu dispositivo para um dos oito QR Codes distribuídos na Casa da Ciência”, explicou.
Para o evento, a pesquisadora levou quatro dos oito insetos criados em realidade aumentada, para o público poder interagir e conhecer mais sobre a fauna amazônica, assim como o papel desses animais na natureza.
“Sempre destaco o quão importante é a Fapeam na divulgação da ciência e popularização daquilo que fazemos dentro dos nossos laboratórios. As ações de divulgação são, principalmente, uma forma de devolver, em parte para a sociedade, aquilo que foi investido em nossas pesquisas”, declarou.
Educação especial
Outro projeto que também esteve presente na exposição foi “Implementação da Sala de Produção de Material Pedagógico Estruturado”, fomentado pelo Programa de Desenvolvimento e de Inovação para Educação Básica (Prodeb/Fapeam). A pesquisa, em andamento, busca construir recursos didáticos e pedagógicos para apoiar professores e escolas na inclusão de estudantes público-alvo da educação especial.
Sob a coordenação da professora e mestra em Educação, Regina Oliveira Tiradentes, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar. A Sala de Material Pedagógico Estruturado foi desenvolvida com apoio da Fapeam no Centro de Apoio Educacional Específico (Caesp), da Escola Estadual de Atendimento Específico Mayara Redman Abdel Aziz, atendendo aos professores da rede estadual que trabalham com estudantes público-alvo da educação especial.
“Na sala, esses profissionais têm a oportunidade de desenvolverem atividades diversificadas para trabalhar diversos aspectos do currículo escolar de maneira inclusiva, bem como recebem orientação pedagógica especializada com vistas ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem”, disse.
A professora explica que o projeto tem objetivo de oferecer suporte didático metodológico com a produção de material pedagógico estruturado, subsidiando o trabalho dos professores que atuam na inclusão de alunos com deficiências e transtornos específicos na rede de educação na secretaria estadual.
“Queremos socializar, com os visitantes da feira, as práticas diversificadas que os professores têm desenvolvido com os estudantes da educação especial, na perspectiva inclusiva, com o apoio do fomento da Fapeam”, acrescentou.
Outro estudo apresentado durante o “Fapeam na Feira” foi o “Sensor para análise rápida da qualidade da água”, também do Programa Centelha 1, que produziu um adaptador de sensores para o app Marai, capaz de captar de forma automática a leitura dos parâmetros físico-químicos da água de unidades hídricas, contribuindo para a facilidade de acesso social, e disponibilidade de dados para planos de gerenciamento dos recursos hídricos nacional e outros trabalhos.