O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, negou nesta sexta-feira (23) o recurso apresentado pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva que pede a revisão da condenação do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá .
O teor da sobre o envolvimento de Lula no caso do triplex ainda não foi divulgado, Felix Fischer é o responsável pelos casos relacionados à Lava Jato no STJ.
O petista foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Por determinação do juiz Sérgio Moro , que já se afastou do caso para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro, o ex-presidente cumpre pena provisoriamente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde 07 abril.
No recurso especial, encaminhado ao STJ no início de setembro, a defesa do ex-presidente pediu que fossem suspensos os efeitos da condenação de Lula até que o processo seja julgado definitivamente na corte superior. Se o recurso fosse deferido, Lula poderia ser liberto e, além disso, voltaria a ficar elegível.
Outras denúncias contra Lula além do caso do triplex
Além desse processo sobre o triplex, o ex-presidente responde ainda a outras seis ações penais, sendo quatro na Justiça Federal em Brasília e outras duas com o próprio juiz Sérgio Moro em Curitiba. No Paraná, o petista é réu em ações sobre propina da Odebrecht mediante à compra de um terreno para o instituto do ex-presidente e de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP), e sobre o sítio em Atibaia (SP) .
Já na capital federal, o ex-presidente responde por suposto crime de tráfico de influência no BNDES para favorecer a Odebrecht, por suposta tentativa de obstrução à Justiça no episódio que levou o ex-senador Delcídio do Amaral à prisão, por tráfico de influência na compra de caças suecos da Saab e por supostamente ter favorecido montadoras com a edição de medida provisória em 2009. Lula nega todas as acusações.
Hoje, sexta-feira (23), o ex-presidente, já condenado no caso do triplex, ainda se tornou réu no inquérito que investiga a criação de organização criminosa no caso conhecido como “Quadrilhão do PT”. Além dele, foram denunciados Dilma Rousseff, João Vaccari Neto, Guido Mantega e Antonio Palocci.(iG)