A ação de reordenamento na área próxima ao Terminal Rodoviário Engenheiro Huascar Angelim – Rodoviária de Manaus, ação que integra a Operação Acolhida, prosseguiu hoje, quarta-feira (28), quando aproximadamente 120 venezuelanos, de um total de 536, foram encaminhados para a Arena Amadeu Teixeira, na rua Lóris Cordovil, bairro de Flores, aonde permanecerão enquanto o Exército reordena o espaço com a instalação de overlays (barracas) e toldos.
A partir da reestruturação do espaço, inicia-se o processo de cadastramento e, em seguida, a interiorização, a exemplo do projeto que já foi desenvolvido no Estado de Roraima.
A titular da Secretaria de Assistência Social (Seas), Márcia Sahdo, destacou que o Governo do Amazonas já desenvolve um trabalho de acolhimento às pessoas em situação de vulnerabilidade e que os refugiados venezuelanos também se encontram nessa situação. O Estado já vinha realizando uma série de ações de acolhimento, que ficaram mais evidentes com a Operação Acolhida.
“Quando a Operação foi solicitada aqui para o Amazonas, a pedido do governador Wilson Lima, nós entramos com outras responsabilidades, entre elas, a gente teve que conceder pelo Estado três prédios para serem usados como base para a Operação. Esse da rodoviária está sendo um posto de atendimento para esses imigrantes, onde eles podem guardar seus pertences, ter ajuda para correr atrás de trabalho, sob orientação nossa e também da Sejusc, que faz toda a parte de retirada de documentação. E também nós temos aí outras atividades chegando, que vão servir para a interiorização para alguns desses imigrantes que pretendem sair desse Estado e tentar a vida em outro local”.
A secretária executiva adjunta de Direitos da Sejusc, Edmara Castro destacou que esta é uma operação conjunta com o objetivo de reorganizar o espaço, que não estava oferecendo boas condições para os refugiados. “O trabalho de reordenação é um trabalho em conjunto da Operação Acolhida, que une as Forças Armadas do Brasil em conjunto com o Governo do Estado, por meio da Sejusc e Seas, e as secretarias municipais também e algumas organizações da sociedade civil. A gente vai retirar, realocar essas pessoas na Arena Amadeu Teixeira até que a estrutura seja montada aqui no local, onde haviam essas barracas pequenas anteriormente”.
No espaço hoje desocupado serão montadas três ilhas em que mulheres e homens solteiros vão dormir separados, enquanto familiares poderão ficar juntos. O coordenador operacional adjunto da Operação Acolhida, coronel Kanaã, explicou que, assim que as instalações chegarem, as Forças Armadas iniciarão os trabalhos operacionais. “Nós vamos apoiar o Estado do Amazonas e o município de Manaus, e, por isso, já iniciamos os reconhecimentos e foi acertado, decidido, planejado, que seria o ordenamento da rodoviária e a montagem do posto de triagem. Assim, já iniciamos, assim que foi possível, já com o galpão, que já existia e assim ficou fácil. Criamos um espaço para crianças, sanitários, o local onde tem doação, lavanderia e posto de informações”.
A Operação Acolhida é uma articulação do Governo do Amazonas com o Governo Federal, reunindo as Forças Armadas do Brasil, as secretarias de Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc) e Assistência Social (Seas), a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), além da Organização Internacional de Migração (OIM), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).