O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Joelson Silva (PSDB), inaugurou na manhã de terça-feira (17), o Núcleo de Atendimento à Mulher, espaço que passará a funcionar dentro das próprias instalações da casa legislativa, de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 14h00, com serviços exclusivos ao público feminino vítima de violência, em estado de vulnerabilidade social, em tratamento de doenças graves, portador de deficiência ou que esteja desamparado de alguma forma e precisa de atenção por parte do parlamento municipal.
Para receber o atendimento personalizado, feito por uma equipe multidisciplinar formada por advogada, assistente social e psicóloga, cada pessoa interessada precisa se dirigir ao local, no primeiro andar da CMM, ou ligar para o número 3303-2872. O novo núcleo faz parte da Rede de Atenção à Mulher, que abrange vários órgãos locais e nacionais, mas a iniciativa e todo o trabalho está sob a coordenação da Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher (COMDPDM), que tem à frente a vereadora Mirtes Sales (PR).
A iniciativa conta também com o apoio de parceiros como a Delegacia de Proteção à Mulher, Núcleo Especializado de Defesa da Mulher, Comissão da Mulher Advogada e Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE) e servidores da CMM.
Marco
Para Joelson Silva, a ação em benefício das mulheres manauaras representa um marco nos trabalhos realizados pela CMM, no sentido de aproximar cada vez mais a população do parlamento municipal.
“É uma porta que se abre às mulheres, que vêm em busca de atenção, de ajuda, para que possam ser encaminhadas e ter suas situações resolvidas. O que realizamos aqui, já entrou para a história da Câmara. No geral, as comissões trabalham politicamente, mas, para participar de forma efetiva, fazer parte desse tipo de iniciativa, é algo que deve ser inédito em alguns lugares”, observou o presidente da CMM.
Joelson Silva enalteceu o trabalho de toda a comissão, da qual também fez parte logo no início do primeiro mandato dele como vereador, e frisou que a CMM não poderia ficar fora do processo, com um comprometimento que envolve toda a mesa diretora, liderança do governo e os demais parlamentares.
“Agora, efetivamente, já estamos fazendo parte dessa rede, linkando com todos os órgãos que trabalham em defesa dos direitos das mulheres. Antes já havia o desejo de contribuir, colaborar da minha parte, e até ajudamos a desenvolver diversas atividades como seminários, audiências públicas e palestras. Assumi o compromisso de que, quando fosse presidente desta casa, tornaria essa comissão parte da rede de atenção à mulher. Quando a vereadora Mirtes assumiu a presidência da comissão, havia nela esse desejo também, porque muitos são os problemas relacionados à violência, principalmente, questão de feminicídio. Então, a CMM não poderia ficar distante disso”, ressaltou Joelson Silva.
Instrumentos
Mirtes Sales informou que, a proposta de se criar uma sala específica na CMM é resultado de uma pesquisa realizada no início deste ano e que foi direcionada não somente ao combate à violência contra a mulher, mas ao resgate propriamente dito dessas pessoas.
A vereadora revelou, ainda, que fez duas viagens a Brasília, com visitas à Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), para conhecer trabalhos já desenvolvidos em outras capitais relacionados ao assunto.
Nessa linha de objetivos foram lançados pela comissão da mulher, a Cartilha da Mulher e o projeto Mulher Empreendedora, que visam capacitar a mulher, dar autonomia financeira e ajudá-las a entender que, além de respeitadas, precisam dar um basta na violência.
“Falam muito em boletim de ocorrência, mas o que se faz depois desse boletim? A mulher volta para casa, fica desamparada, tem dor na alma, precisa de um psicólogo, necessita saber quais são os direitos delas. Então, na realidade, precisam de amparo”, frisou Mirtes Sales.