Empreendimentos voltados para as cidades do interior e para novos segmentos foram algumas das tendências detectadas nas pautas das seis reuniões do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) realizadas em 2019, com um total de 197 projetos industriais aprovados, que somam recursos na faixa de R$ 5,705 bilhões , com previsão da abertura de 7.522 vagas no mercado de trabalho, a partir da implantação dos projetos, um período estimado em até três anos.
No eixo fora da capital, foram aprovados projetos para as cidades de Manacapuru, Tefé e Iranduba, voltados para a produção de açúcar mascavo, ração, sorvete de açaí e beneficiamento de castanha, que somam cerca de R$ 11 milhões.
Em Manaus, segmentos promissores como a produção de equipamentos e sistemas para energia fotovoltaica começaram a ganhar espaço com o projeto da IGB Eletrônica, orçado em R$ 24 milhões e 355 vagas.
O segmento de veículos elétricos (e-mobility), bicicletas, patinete e motonetas também despontou, com investimentos acima de R$ 95 milhões injetados por empresas como Yellow Indústria, Motobike da Amazônia, Amazon Motors e Specialized Brazil.
Em comparação com 2018, quando foi apurado um volume de R$ 7,094 bilhões, houve uma redução no total de investimentos, mas a geração de emprego em 2019 foi maior (7.522), acima dos 5.197 aprovados em 2018. Em 2016, o Codam fechou o ano com investimentos de R$ 6,415 bilhões.
Atualização – Os conselheiros também definiram propostas de adequação do regimento interno do Codam, alterado pela última vez em 1991. Entre as atualizações estão a revogação dos representantes das extintas Secretarias de Estado do Trabalho (Setrab) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), ambas incorporadas à Sedecti em outubro do ano passado. Na próxima reunião do Codam, prevista para o próximo dia 12 de fevereiro, a proposta de alteração do regimento do Conselho voltará a ser debatida e votada.
O Codam também aprovou resolução que estabelece critérios para a concessão de incentivos fiscais para materiais e resíduos sólidos destinados à reciclagem. A proposta, que altera a Resolução nº 2, assegura que as empresas do setor poderão obter incentivos fiscais mediante apresentação de projeto técnico-econômico à Sedecti.
A análise do projeto técnico pela Sedecti fica condicionada à comprovação do atendimento das exigências referentes a normas técnicas para gestão e garantia de qualidade e gestão do meio ambiente, ambas definidas pela Organização Internacional para Padronização (ISSO), mediante apresentação das certificações ISO 9.000 e ISO 14.000, sob pena de devolução ao interessado.