
Um dos rostos mais conhecidos da pandemia de coronavírus no Brasil, a pesquisadora da Fiocruz Margareth Pretti Dalcolmo acredita que o Amazonas será o primeiro Estado a obter a chamada “imunidade de rebanho”. Ela fez a afirmação em entrevista ao canal Globo News, da Rede Globo, nesta terça (09/05). A conclusão decorre da queda da média diária de mortes por Covid-19, em torno de 40, perto da média anterior à pandemia. A “imunidade de rebanho”, que antes era “imunidade de grupo” ou “efeito rebanho”, se aplicava às pessoas que se imunizavam mesmo sem vacina.
Agora, na pandemia de Covid-19, significa que a redução do número de doentes reduz a chance de transmissão do novo coronavírus. Toda a comunidade é beneficiada, mesmo não havendo vacina contra a doença. “O próprio Estado do Amazonas teve uma redução enorme. É possível que lá seja o primeiro lugar a alcançar a imunidade de rebanho”, disse a pesquisadora. Ela lembrou ainda de medidas adicionais do governo do Estado. “Eles vão fazer um estudo epidemiológico grande”, afirmou. Dalcomo, pneumologista, esposa de Cândido Mendes, da Academia Brasileira de Letras, está entre os primeiros pesquisadores ouvidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela voltou ao Brasil, após reunião com cientistas do mundo inteiro, defendendo o isolamento.
Reabertura O dado mais curioso é a diminuição dos números de mortes e contaminações por coronavírus, no Amazonas, após a reabertura da economia. De terça-feira da semana passada, data da liberação de setores do comércio, até ontem (08/06), foram registradas 22,6 mortes por dia. Essa média diária é bem inferior aos 140 óbitos totais, mais da metade por Covid-19, em 24 de abril, um dos momentos de pico da doença. O calendário de reabertura, no entanto, ainda não está completo. Faltam escolas, de creche a universidade, cinemas, bares, restaurantes e casas de show. O interior ainda preocupa, por conta da falta de estrutura de saúde. Mas o clima de otimismo voltou a reinar.
Veja os números de falecimentos nos últimos dias Os dados indicam média de 1.249,6 novos casos/dia, com média de 22,6 mortes/dia. Uma melhora em relação aos seis dias anteriores, quando foram registradas médias de 1.637,5 novos casos/dia, com 23,6 mortes diárias, período que já apresentava tendência de desaceleração da epidemia. Veja o quadro: Dia 02/05 – 22 mortes, 1421 novos casos Dia 3 – 28 mortes, 1.152 novos casos Dia 4 – 20 mortes, 2.126 novos casos Dia 5 – 25 mortes, 1.193 novos casos Dia 6 – 33 mortes, 1.193 novos casos Dia 7 – 8 mortes, 487 novos casos Fonte: Susam/ FVS
Fonte: Portal do Marcos Santos