Com a proximidade do Dia da Amazônia (05.09), e em razão da importância do debate público sobre a preservação da floresta, acontece nesta quinta-feira (03/09) o primeiro encontro virtual “Diálogos pela Amazônia”. A conversa entre secretários de Meio Ambiente dos estados da Amazônia Legal terá como pauta as “lições e ações no combate aos incêndios florestais” e será mediada pela jornalista Paulina Chamorro. O diálogo inicia às 17h00 (horário de Manaus) e será transmitido pelo canal da Sema Mato Grosso no YouTube.
Os nove estados da Amazônia Legal, que integram a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force, em inglês), vêm trabalhando intensamente em políticas de prevenção e no combate aos incêndios que assolam a floresta, aumentam o desmatamento e ameaçam a biodiversidade.
Dentro das políticas implementadas pelos estados, têm sido realizado trabalhos que vão desde a educação ambiental sobre a importância de se evitar queimadas, atendimento de animais silvestres afetados, incentivo a denúncias, até grandes operações de fiscalização que resultam na apreensão de equipamentos e na identificação de criminosos.
Para o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, o diálogo é uma oportunidade de reforçar o interesse de todos os estados de que a floresta permaneça em pé, e que todos estão trabalhando de forma comprometida para que isso aconteça.
“No momento em que a gente nota, ao longo dos anos, o aumento do desmatamento e queimadas na Amazônia, é mais do que importante, é urgente o diálogo entre os Estados para acharmos soluções definitivas, para que a gente possa estabilizar esse crescimento e reduzir a ilegalidade. Essa integração é uma maneira de encontrarmos juntos novos caminhos de atuação não só de forma imediata, mas também em médio e longo prazo, discutindo modelos de geração de renda e políticas públicas mais compatíveis com a realidade do nosso bioma”, ressaltou Taveira.
No trabalho de proteção à maior floresta tropical do mundo, a atuação coletiva se mostra cada vez mais necessária. Para a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, o trabalho conjunto entre os governos estaduais, o setor produtivo e o Governo Federal se torna decisivo para uma resposta rápida no combate às queimadas.
“A integração das forças dos entes federais e estaduais, em um momento em que as estruturas são precárias e os Estados têm a mesma demanda, é essencial para obtermos resultados positivos e eficientes. Quando compartilhamos os recursos e as informações, nós entregamos melhores serviços à sociedade e com menor custo aos cofres públicos”, destaca a gestora, que também preside o Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal.
Sustentabilidade e combate aos incêndios florestais – A integração entre desenvolvimento e preservação da floresta é possível, e é nesse sentido que o Pará vem trabalhando, como destaca o secretário de Meio Ambiente do estado vizinho, Mauro Ó de Almeida. “O Plano Estadual Amazônia Agora, instituído pelo Governo do Pará, promove o desenvolvimento sustentável no campo por meio de regularização fundiária e ambiental, apoio técnico e acesso a linhas de crédito para produtores rurais”, explica.
Para o secretário, é importante “virar a chave dessa cultura de desmatamento, fazer os produtores rurais entenderem que eles podem lucrar e produzir mais de maneira sustentável, sem degradar novas áreas”.
Neste mesmo sentido, Rondônia tem atuado intensivamente no combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, em parceria com o Batalhão da Polícia Ambiental, Batalhão de Choque, Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com o secretário do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia, Marcílio Leite Lopes, as políticas ambientais estão pautadas na conservação e no desenvolvimento.
“Estamos na linha de frente das ações de combate ao desmatamento e queimadas, indo além das ações de monitoramento. Buscamos, através da educação ambiental, orientar as pessoas sobre o que é permitido ou não”, explicou Lopes.
O secretário destaca ainda foram reforçadas as “ações de fomento à transição para um modelo econômico de baixas emissões, incentivando e fortalecendo os produtores em pequena, média e grande escala a buscarem nas suas cadeias produtivas, alternativas, práticas sustentáveis de baixas emissões de carbono ou mecanismos de compensação, incluindo também os povos indígenas e as comunidades tradicionais”.
Os estados do Acre, Maranhão, Roraima e Tocantins vão apresentar suas ações por meio de mensagem em vídeo a ser divulgada durante a abertura do diálogo.
Sobre a GCF Task Force – A Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) é uma colaboração subnacional de 38 estados e províncias que trabalham para proteger as florestas tropicais, reduzir as emissões do desmatamento e da degradação florestal, e para promover caminhos realistas de desenvolvimento rural e preservação das florestas. No Brasil, os nove estados membros da Amazônia Legal integram a Força-Tarefa.