O governador do Amazonas, Wilson Lima, participou, nesta quinta-feira (26), da última reunião de 2020 do Conselho Nacional da Amazônia Legal, conduzida pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. Durante o encontro virtual, Wilson Lima destacou os avanços do estado no combate ao desmatamento e às queimadas, mesmo com os desafios impostos pela pandemia de Covid-19.
“Esse foi um ano atípico. Por conta da pandemia, muito de nossos projetos tiveram que ser adiados, nós tivemos nossa atenção muito voltada para o combate ao vírus. Mesmo assim, a gente conseguiu fazer alguns avanços. No estado do Amazonas, a gente entra em um período de maior tranquilidade com relação à questão do desmatamento e das queimadas, uma vez que estamos começando o período chuvoso. De ontem para hoje, por exemplo, não registramos nenhum caso de queimada no estado e isso nos traz uma certa tranquilidade”, afirmou o governador.
Ele enfatizou que o Amazonas cumpriu metas estabelecidas para a redução do desmatamento. “No período em que é mais crítico aqui no estado do Amazonas, em relação a 2019, conseguimos fazer a redução do desmatamento em 5%. Se a gente não tivesse a pandemia, tenho certeza que poderíamos ter avançado muito mais”, acrescentou Wilson Lima.
O governador também pontuou que o Amazonas tem alcançado bons resultados em outros projetos voltados ao desenvolvimento sustentável.
“A questão do ‘Amazonas Conectado’, que é algo que eu estive recentemente conversando com o vice-presidente sobre a necessidade da gente fazer integração do ‘Norte Conectado’, que também é um outro projeto de lançamento de cabos subaquáticos para levar internet para o interior da Amazônia. Ainda nesse contexto, a gente conseguiu também participar do ‘Floresta Mais’, que é um programa do Ministério do Meio Ambiente que trata do mercado de serviços ambientais, então, é uma proposta que a gente tem encaminhado”, observou Wilson Lima.
O vice-presidente Hamilton Mourão comentou sobre o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), uma das maiores demandas do Amazonas e de outros estados da Amazônia Legal.
“A nossa Lei Ambiental de 1981 prevê esse zoneamento. No início do governo do Collor, o decreto que procurou regulamentar essa atividade não vigorou. Mas existe um decreto do ano de 2002 que está em vigor e que dá atribuição desse zoneamento ao Governo Federal e aos governos estaduais, sob a chancela de uma comissão que foi constituída naquele momento”, disse Mourão.
“Determinei a minha equipe que fizesse um estudo para recolocar em pé essa comissão, com uma diretriz onde cada estado possa realizar esse trabalho que eu considero de fundamental importância e vou submeter à apreciação do presidente da República”, concluiu o vice-presidente.