Central de Medicamentos do AM já está sendo reabastecida com um novo estoque

Governador Wilson Lima visita a CEMA/Arquivo

Segundo o coordenador da Cema, os relatórios da transição entregues pelo governo anterior apontavam um abastecimento de 42%, porém, ao assumir e confrontar os dados com os levantamentos no local, percebeu-se que o total não chegava sequer a 25%.

“Se contabilizarmos o abastecimento para três meses, que é o mínimo que deveríamos ter recebido do governo anterior, nosso abastecimento está em torno de 12%”, contou.

Paiva disse ainda que a nova gestão recebeu a Cema em “completo abandono”, situação evidenciada pela falta de itens como soro e também pela quantidade de remédios que estavam estragando. O primeiro passo para garantir o funcionamento das unidades foi conversar com fornecedores e fazer um planejamento emergencial. “Já tinha falta de medicamentos nas unidades e a gente teve que correr atrás de fornecedor local e pedir aqueles que tinham ata de registro de preço conosco para que fizessem o abastecimento imediato e antecipadamente”, disse.

A equipe da Cema realizou reuniões pontuais de atualização do padrão das unidades de saúde, o que não era realizado desde 2010, para que os produtos que não estavam sendo utilizados, e que, consequentemente, estavam sendo desperdiçados, não fossem comprados.

“Conseguimos reformular o padrão de todas as unidades da capital e, somente com a mudança de padrão, nós vamos ter uma economia de R$ 3 milhões por mês e R$ 36 milhões por ano, apenas não comprando medicamentos que não servem para a população e que estragavam. Então essa economia hoje já é real e está baseada no novo padrão Cema”, ressaltou o coordenador.

A Cema encontrou resistência por parte de fornecedores por falta de credibilidade, uma vez que o órgão devia mais de R$ 32 milhões. “Isso prejudicou muito o abastecimento imediato porque foi um trabalho de convencimento muito grande. Até convencer os fornecedores a abastecer a Cema, demorou praticamente 20 dias”, pontuou Paiva.