O Governo do Amazonas está unindo esforços com o Exército Brasileiro e o Ministério Público do Trabalho (MPT) para encontrar um novo espaço para funcionamento do posto administrativo da Força-Tarefa da Operação Acolhida, em razão da destruição provocada pela enxurrada da última segunda-feira (03/05), na Avenida Torquato Tapajós, em Manaus.
Segundo a secretária estadual de Assistência Social, Alessandra Campêlo, a intenção de todos os entes envolvidos nessa pauta é encontrar um local que possa concentrar todos os atendimentos aos migrantes e refugiados que chegam ao Brasil, acessando pelos estados de Roraima e Amazonas. O alagamento afetou, além das pessoas, o Posto de Interiorização e Documentação (PITRIG) e o Alojamento de Trânsito de Manaus (ATM) da Operação Acolhida.
As tratativas começaram a ser discutidas na tarde desta quarta-feira (05/05), em reunião na Seas, com a participação do Exército e do MPT. O Centro de Convenções Vasco Vasques, ao lado da Arena da Amazônia, foi uma das alternativas apontadas pela secretária Alessandra para receber, provisoriamente, o comando local da Operação Acolhida. Os oficiais do Exército e o MPT ficaram de inspecionar as instalações do local, que está sob a supervisão da Amazonastur.
“É importante destacar que o Governo do Estado, via Seas e Faar, já está alojando no hotel da Vila Olímpica de Manaus, desde a noite de segunda-feira (03/05), um total de 86 migrantes venezuelanos atingidos pela enxurrada. A ação de caráter humanitário tem apoio das Agências da ONU, Fraternidade Internacional, entidades socioassistenciais e voluntários”, disse a gestora da Seas.
Ação coordenada – Segundo nota da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), de forma coordenada com a Força-Tarefa Logística e Humanitária da Operação Acolhida e autoridades locais, a Plataforma R4V (Resposta a Venezuelanos e Venezuelanas, composta por 48 organizações da sociedade civil e da ONU) já está respondendo às novas necessidades de refugiados e migrantes geradas por esta situação.
As instalações do PITRIG e do ATM, que foram completamente destruídas, atendiam refugiados e migrantes da Venezuela em Manaus com serviços de registro, documentação, saúde e cadastro para a estratégia de interiorização, além de alojamento para pessoas que aguardam o embarque para outras cidades do país. O atendimento é prestado por trabalhadores humanitários, funcionários públicos e militares das Forças Armadas.
A forte enxurrada invadiu e danificou as estruturas dos dois espaços, que ficarão sem funcionar por tempo indeterminado. Felizmente, não houve vítimas fatais. As pessoas com algum ferimento foram atendidas de imediato e passam bem.