Há exatos dez dias, o rio Negro ultrapassava a cota de inundação severa de 29 metros, registrando 29,03m no dia 30 de abril. Nesta terça-feira (11), o nível do Negro chegou a 29,52m, subindo mais 49 centímetros no período. O mês de abril significou um aumento na corrida das águas, subindo 1,75m, em 2021, contra 1,53m em 2012, uma diferença de 22cm.staques
Hoje, o rio está a apenas 45cm da marca histórica da enchente recorde, registrada em 2012, quando atingiu 29,97. Em 2020, o rio encheu até o dia 29 de maio e este ano, se continuar até a mesma data, pode passar dos 30m. A “cota 30” é um tabu histórico e marco da construção civil – as edificações às margens dos rios são construídas acima do ponto onde o rio atingiria se chegasse aos 30 metros.
As águas já ultrapassaram a cota de inundação, de 27,50, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Quando isso ocorre (as águas atingem a cota de inundação), significa que alguns bairros da capital começam a alagar. Ao menos 15 pontos e 5 mil famílias estão sendo monitorados.
Cota atual: 29,52m
Cota de inundação: 27,50m
Cota de inundação severa: 29m
Cota prevista em 2021: 30,35m
Maior cheia 2012: 29,97m
Cientistas afirmam que a cheia dos rios tem a ver com o fenômeno La Niña, que diminui a temperatura da superfície das águas do oceano Pacífico. Os principais efeitos de episódios do La Niña observados sobre o Brasil são:
Passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul
Temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média sobre a Região Sudeste, durante o inverno
Chegada das frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas;
Tendência às chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia;
Chuvas acima da média para o setor centro-norte do Nordeste Chuvas muito acima da média no leste dos estados da Região Sul, estiagem no oeste destes Estados e no Paraguai Em alguns episódios, chuva volumosa e frio na Região Sudeste do Brasil.(Portal Marcos Santos)