Em funcionamento desde fevereiro deste ano, o Núcleo de Modernização da Infraestrutura da Saúde (Infrasaúde), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), tem atuado na infraestrutura das unidades como um todo, passando desde a questão predial, instalações, incluindo equipamentos hospitalares. O núcleo possui cinco coordenadorias, sendo uma a Coordenadoria Geral.
A Coordenadoria de Planejamento e Projetos é encarregada de planejar as ações de obras, revitalizações, construções, reformas, adequações, e elaborar os projetos de contratação específica para as obras. Ou seja, acompanha o projeto desde o surgimento da demanda, até o processo de licitação. A partir daí, fica a cargo da Coordenadoria de Obras e Serviços de Engenharia a atividade de fiscalizar a execução dos futuros contratos.
A Coordenadoria de Manutenção e Conservação atua nas unidades em atividade, e em unidades que serão construídas e reformadas, a partir de um plano de manutenção. Esse plano é importante, pois a manutenção periódica e preventiva evita o sucateamento das unidades, como explica o coordenador do núcleo, Charles Mafra.
“A partir do momento em que uma unidade entra em um plano de manutenção, você aumenta a vida útil dessa unidade em termos de condição predial, e com isso é possível reduzir e economizar recursos que podem ser investidos em novas construções para suprir as demandas por atendimentos”, disse.
Uma unidade também depende de equipamentos, e a Coordenadoria de Engenharia Clínica e Hospitalar, encarregada por toda a gestão do parque tecnológico, é quem faz todo o planejamento de mudança, renovação e manutenção dos equipamentos clínicos e hospitalares dentro das unidades, para que ela não deixe de atender devido a problemas no funcionamento desses equipamentos. Só no mês de abril, foram cerca de 40 atividades realizadas nas unidades, entre avaliações, vistorias, manutenções, acompanhamentos e elaborações de atas.
Anteriormente, as unidades faziam contratações pequenas para manutenções, em geral voltadas para ações corretivas, porém essas informações não eram organizadas em um banco de dados. Para fazer esse acompanhamento essencial, o núcleo planeja o desenvolvimento de um aplicativo com expectativa de ser lançado no segundo semestre deste ano, que permita, por meio de informações atualizadas pelas unidades, organizar e acompanhar em tempo real suas necessidades infraestruturais.
“Iremos criar um sistema e implantá-lo por meio de um software de gestão de manutenção e fazer esse acompanhamento, para que ele crie indicadores e estatísticas, e que a partir disso seja possível monitorar todas as unidades, em todos os seus aspectos de infraestrutura. Nossa proposta é a modernização”, contou Charles Mafra.
Como núcleo foi instituído na segunda onda da pandemia, as atividades iniciais foram mais dedicadas à questão do contingenciamento, como a questão do oxigênio. Agora o núcleo utiliza o software Power BI, ferramenta que faz o monitoramento do oxigênio, de usinas instaladas, e verificam quais estão em funcionamento e quais precisam de manutenção.
Com os índices da pandemia em baixa, o núcleo expandiu os trabalhos de forma geral em todas as coordenadorias. Atualmente, quase todas as unidades do estado já foram visitadas pelo núcleo e as ações que necessitavam de infraestrutura já foram ou estão em processo de implantação.
O coordenador fala sobre a importância de fortalecer o núcleo na secretaria, para que as ações tenham um olhar mais voltado para a saúde, pois as obras têm suas particularidades, como realizar as ações com a unidade em funcionamento para continuar atendendo as demandas da população.
“É preciso ter técnicos especialistas dentro do ambiente hospitalar, alguém imerso na área da saúde, que sabe exatamente dos problemas que ali existem e o que está relacionado. Tudo no fim é para salvar vidas e curar pessoas”, explicou o engenheiro.