O Amazonas está em alerta por conta do aumento das síndromes respiratórias agudas causadas por vírus, como o H1N1, da Influenza A, também conhecida como gripe suína, que já causou 10 mortes até agora no Estado. Preocupado com a gravidade do cenário, o vereador Dr. Ewerton Wanderley (PHS) usou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na manhã de hoje, terça-feira (26), para alertar sobre o risco do avanço da doença, as medidas de prevenção, grupos de risco e medidas de combate à cultura de antivacina.
“Já foram confirmadas, só no último neste final de semana, quatro mortes por H1N1. Lamentavelmente ainda existe a cultura antivacinal, que é uma linha de pensamento que algumas pessoas têm de que, se tomarem a vacina, vão ter feitos colaterais, e acabam não indo aos postos de saúde. Como entender que temos por aí famílias que deliberadamente escolhem não vacinar seus filhos contra males potencialmente letais e capazes de deixar sequelas? Isso é um mito e precisa ser combatido”, argumentou Dr. Ewerton.
O vereador elogiou a mobilização e o trabalho de prevenção realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na gestão do secretário Marcelo Magaldi e citou as Unidades Básicas José Rayol, Morro da Liberdade e Nilton Lins de Saúde, no Distrito de Sul, como referencia em atendimento. “Essas unidades estão aptas a receber pessoas com suspeitas de infecção por H1N1. Possuem farmacêuticos no quadro funcional, pré-requisito para disponibilização da vacina em unidades de saúde.”, afirmou.
Importância da vacina
Dr. Ewerton falou ainda da importância de vacinar, com extrema urgência, os grupos de risco. Fazem parte desses grupos, a população indígena aldeada ou que viva em áreas com difícil acesso; gestantes; trabalhadores da área da saúde; pessoas com mais de 60 anos; pessoas
com doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas crônicas; diabéticos; portadores de síndrome de Down, pessoas com obesidade (grau III) e transplantados.
Pacientes em tratamento de câncer, por exemplo, que estejam recebendo quimioterapia ou que já tenham encerrado os ciclos com os medicamentos, também devem se imunizar o quanto antes. Embora sejam pessoas com tendência a responder mal à vacina, são pacientes de alto risco em caso de contaminação.
O parlamentar reforçou, ainda, a importância das medidas de higiene, para prevenir a doença. , como, por exemplo, lavar constantemente as mãos, evitar levá-las ao rosto, e cobrir sempre a boca na hora de espirrar ou tossir. “Lavar as mãos sempre que possível e, principalmente, se vacinar. Neste momento, a melhor a saída é a vacina!”, orientou.
Dr. Ewerton também destacou o trabalho do senador Plínio Valério (PSDB), em Brasília, onde já se reuniu com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandeta, para solicitar apoio do governo federal para conter o avanço da doença. “É uma união de forças! Precisamos mobilizar todas as esferas do poder público para conter o avanço desta grave patologia, que pode levar muitas pessoas a óbito.”, concluiu.