A busca pelo paradeiro de Lázaro Barbosa chegou ao fim nesta segunda-feira. O serial killer morreu após troca de tiros com a polícia no momento da prisão. Ele foi encontrado na região de Cocalzinho de Goiás, região entre Goiás e Distrito Federal, nesta manhã.
A Polícia Civil de Goiás confirmou que Lázaro foi baleado no momento da prisão. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e acabou morrendo.
Alexandre Ramagem, diretor-Geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), usou sua conta no Twitter para comentar a ação dos policias. “Parabéns à PM/GO e demais forças pelo sucesso nas diligências de localização e todo esforço na captura. Planejamento, cooperação e inteligência encerraram a reincidência de crimes hediondos e mais tragédias a outras possíveis famílias. Nossos sinceros sentimentos pelas vítimas”, escreveu
“Busca-se sempre a estruturação de polícias eficientes e competentes, mas sabendo ser impossível a proteção constante e permanente de todos. O cidadão deve ter meios para defesa legítima de sua família. Desarmamento demonstrou ser um desastre como política nacional de segurança”, completou.
Incialmente, a notícia da prisão foi divulgada pelo governador Ronaldo Caiado.”Ta aí, minha gente, como eu disse, era questão de tempo até que a nossa polícia, a mais preparada do País, capturasse o assassino Lázaro Barbosa. Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido”, escreveu.
Na manhã desta segunda, os policiais concentravam as buscas na região de Águas Lindas de Goiás após receberem uma denúncia que o criminoso tinha sido visto pela região. Em entrevista para a GloboNews, Caiado afirmou que os investigadores acreditam que Lázaro não agiu sozinho..
O cerco policial para prendê-lo durou 20 dias e as buscas se concentraram na região de Cocalzinho de Goiás (GO), no entorno entre o DF e Goiás, onde havia sido visto pela última vez. A Polícia Militar usou helicópteros, cães farejadores e contou com auxílio da Polícia Federal para capturá-lo. Segundo agentes que acompanham as buscas, Lázaro conhecia bem a área, onde mora sua família, e tinha facilidade para se esconder na mata.
A polícia confirmou que o homem também é investigado pela morte de um caseiro em Girassol, no dia 5 de junho, quatro dias antes do assassinato de uma família em Ceilândia.
Na terça-feira, 15, Lázaro fez uma pessoa refém em Edilândia (GO), na mesma região de Cocalzinho, e trocou tiros com policiais. Um agente foi atingido, mas ficou bem após socorro médico. “Foram tiros de raspão, dois tiros, os dois passaram de raspão no rosto. Já foi socorrido e está tranquilo”, disse o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Marques, em entrevista na noite de terça-feira. O foragido havia sido visto em propriedades rurais na região do entorno do DF e Goiás.
Uma força-tarefa com cerca de 200 policiais foi montada e tem usado o distrito de Girassol, área rural de Cocalzinho, como base. O secretário de segurança de Goiás disse nesta quinta-feira, 17, que o grupo foi reforçado por 20 agentes da Força Nacional de Segurança. Um grupo de oração esteve próximo a uma das bases usadas pela polícia na manhã desta quinta-feira, 17, pedindo proteção divina para a vida dos policiais e dos moradores.
Lázaro era acusado de matar, a tiros e facadas, três pessoas na zona rural de Ceilândia no último dia 9 de junho. Os mortos eram Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, e os filhos Gustavo Marques Vidal, de 21 anos, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15 anos.
O serial killer também era apontado como responsável pelo sequestro da mulher de Cláudio, Cleonice Marques de Andrade. O corpo dela foi encontrado no dia 12 à beira de um córrego, próximo da casa onde a família morava.
Nascido na cidade baiana de Barra do Mendes, a 530 quilômetros de Salvador, Lázaro já respondeu, na cidade natal, a um processo por homicídio quando tinha 20 anos. Em 2011, já em Ceilândia, ele foi condenado por estupro e roubo com emprego de arma. Ele chegou a ser preso em 2018, em Águas Lindas de Goiás, mas fugiu do encarceramento poucos meses depois.(Terra/Estadão)