O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), reafirmou hoje, segunda-feira (04), que vê “fortes” indícios de que recursos públicos destinados à educação estejam sendo usados para objetivos que não interessam ao País. Para solucionar tal problema, o presidente anunciou hoje a criação do que chama de Lava Jato da Educação.
“Há algo de muito errado acontecendo: as prioridades a serem ensinadas e os recursos aplicados. Para investigar isso, o Ministério da Educação junto com o Ministério da Justiça, Polícia Federal, Advocacia e Controladoria-Geral da União, criaram a Lava Jato da Educação ”, afirmou o presidente.
Segundo ele, o Brasil gasta muito na Educação , “mais do que a média de países desenvolvidos”. Porém, apesar do investimento, segue ocupando as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Pisa.
“O Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB [Produto Interno Bruto] do que a média de países desenvolvidos. Em 2003, o MEC [Ministério da Educação] gastava cerca de R$ 30 bilhões em educação e em 2016, gastando quatro vezes mais, chegando a cerca de R$ 130 bilhões, ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa)”, lamentou Bolsonaro.
Essa não é a primeira vez que o tema vem à tona. Há quase um mês, o governo anunciou o início da operação que investigaria possíveis desvios como favorecimentos indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni), desvios no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), envolvendo o sistema S, e a concessão ilegal de bolsas de ensino a distância.
Em outras ocasiões, Bolsonaro admitiu que, contra investigações na área, alguns segmentos da população podem acabar realizando greves ou outros movimentos coordenados, prejudicando todos os brasileiros.
Ontem, um dos filhos do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), comentou sobre a Lava Jato da Educação em uma das suas publicações feitas nas redes sociais. “A Lava Jato do MEC está vindo aí para fazer a vagabundagem chorar mais ainda”, atacou.(iG)