O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), elaborou um requerimento a ser apresentado ao colegiado para saber qual foi a autoridade brasileira que “estabeleceu o suposto ‘acordo’ para burlar as regras sanitárias sobre a entrada de estrangeiros no território nacional”. O documento deve ser apresentado aos senadores da comissão na próxima semana.
O pedido de informações é destinado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que enviem as resposta em um prazo de até 48 horas.
No último domingo (5), servidores da Anvisa entraram em campo no início do jogo entre Argentina e Brasil, na Neo Química Arena, em São Paulo, e suspendeu a partida das Eliminatórias da Copa 2022. Pouco antes, a agência informou que quatro jogadores descumpriram a regra para entrada de viajantes em solo brasileiro, sem passar por quarentena dentro dos protocolos de controle devido à pandemia da covid-19.
A Anvisa acionou a Polícia Federal para barrar os atletas. Foi divulgado, entretanto, que a Conmebol e a CBF entraram em contato com o governo brasileiro para garantir a presença dos atletas no confronto. Além disso, na noite de domingo, a agência informou que os atletas entraram no Brasil usando informações falsas e que tentou notificar os atletas antes de eles chegarem ao estádio do Corinthians, em São Paulo.
Após a suspensão do jogo, a Anvisa pediu que a PF acompanhasse a delegação argentina até o aeroporto e solicitou abertura de processos contra os jogadores (Emiliano Martínez e Emiliano Buendia, ambos do Aston Villa, e Giovani Lo Celso e Cristian Romero, do Tottenham). “Anvisa informa que as medidas administrativas requisitadas são: acompanhar os quatro jogadores até o aeroporto; ter certeza que eles seguem para o país de origem e abertura de processo”, informou a agência em comunicado.(R7 Brasília)