O ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), pré-candidato ao Governo do Amazonas, nega que tenha estado no sábado (14/05), na sede estadual do MDB. A coluna Panavueiro chegou a noticiar que ele foi até a convenção que homologou a nova diretoria municipal do partido. “Não sei nem onde fica”, disse. O pré-candidato, no entanto, não nega a possibilidade de aliança com Braga: “Eu cisco pra dentro e não nego aliança com ninguém”.
Amazonino ligou para o portal. Bem-humorado, o ex-governador até brincou com a idade. “Imagina se eu, com essa idade, vou cometer uma burrice dessas? ” (recusar o apoio de Braga). “Respeito a candidatura dele. Temos candidaturas independentes, mas se ele quiser me apoiar é claro que aceito”, afiançou.
Na citada reunião do diretório do MDB, Braga fez elogios ao ex-governador e até pediu que a pequena plateia presente o aplaudisse. “Aprendi muito com ele. Aprendi com os acertos e os erros”, afirmou.
A aliança pode vir de um acordo entre eles ou da união, em federação, do Cidadania de Amazonino com o MDB de Braga, mais o PSDB do ex-prefeito Arthur Virgílio.
Aliados e inimigos antigos
Braga e Amazonino têm uma longa história de alianças e confrontos. Os dois se tornaram correligionários após severas críticas de Braga, então vereador, à política de transporte público de Amazonino, que era prefeito de Manaus, à altura de 1984.
Os momentos mais importantes entre os dois viriam a seguir.
Em 1992, depois de uma disputa acirrada no grupo de Amazonino, Braga se tornou vice-prefeito dele, na chapa que venceu José Dutra. Em 1990, com a renúncia do prefeito eleito para concorrer ao Senado, Braga herdou a Prefeitura por dois anos.
Em 1994, tendo como principal adversário o radialista Nonato Oliveira, Amazonino se elegeu governador pela segunda vez. Braga deixou a Prefeitura em 1996, tendo elegido o sucessor, Alfredo Nascimento. Dois anos depois, em 1998, Braga já aparecia do outro lado, como opositor, formando chapa com Serafim Corrêa, seu candidato a vice-governador, para enfrentar Amazonino. E perdeu.
Em 2002, os dois voltam a se juntar e o apoio de Amazonino é decisivo para eleger Braga governador. Em 2006, Amazonino é que enfrenta Braga, buscando evitar uma reeleição que acabou acontecendo. Em 2010 e 2014, eleições de Omar Aziz e José Melo, os dois caminharam separados. O mesmo ocorreu em 2017, na eleição suplementar, quando formaram chapas diversas. E em 2018, quando ambos perderam separados para Wilson Lima.
Agora vem 2022. E tudo indica que Amazonino Mendes e Eduardo Braga estarão juntos, outra vez.(Portal Marcos Santos)