O papa Francisco anunciou neste domingo (29), na praça São Pedro, em Roma, a nomeação de 16 novos cardeais e na lista há dois brasileiros, sendo um deles o arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Ulrich Steiner. O outro brasileiro é o arcebispo metropolitano em Brasília, Paulo Cezar Costa.
Na nomeação, o papa agendou uma reunião com todos os cardeais que será realizada na segunda e terça-feira, dias 29 e 30 de agosto, para refletir sobre a nova Constituição Apostólica Praedicate Evangelium; e no sábado, 27 de agosto, ele realizará o consistório para a criação de novos cardeais.
Este ano, o arcebispo metropolitano de Manaus assumiu a presidência da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. O arcebispo vai concluir o mandato referente ao quadriênio de 2019 a 2023, conforme nomeação Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Histórico
Leonardo Steiner nasceu no dia 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha (SC). Ingressou na Ordem dos Frades Menores (OFM) no dia 20 de janeiro de 1972, quando foi admitido no Noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Cursou Filosofia e Teologia em Petrópolis (RJ). Foi ordenado padre pelas mãos do cardeal Paulo Evaristo Arns, seu primo, no dia 21 de janeiro de 1978, em sua cidade natal. Por sua formação pedagógica, assumiu trabalhos na área da educação, compondo os quadros de professores das suas casas de formação. Concluiu o curso de Pedagogia, e de 1987 a 1994 tornou-se “mestre de noviços”.
Transferiu-se para o Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, onde fez mestrado e doutorado em Filosofia. Exerceu a função de secretário geral do Pontifício Ateneu Antoniano. De volta ao Brasil, foi nomeado vigário da paróquia do Senhor Bom Jesus, Curitiba (PR).
Foi nomeado bispo em 02 de fevereiro de 2005 pelo Papa João Paulo II para a prelazia de São Félix do Araguaia (MT), sucedendo a dom Pedro Casaldáliga. Foi ordenado bispo em abril do mesmo ano, em Blumenau (SC), pelo cardeal Paulo Evaristo Arns, adotando como lema episcopal “Verbum Caro Factum” que quer dizer “Verbo feito carne”.
CNBB
Foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e vice-presidente do regional Oeste 2 da entidade, onde também foi bispo referencial para os presbíteros, para o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e para os jovens.
Em 2011 foi eleito secretário-geral da CNBB, durante a 49ª Assembleia Geral. Em 21 de setembro daquele ano, o Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília (DF). Foi eleito como membro delegado pela CNBB para participar como padre sinodal da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma em 2012.
Em 2015, foi reeleito secretário-geral da CNBB. Seu mandato foi concluído no dia 10 de maio de 2019. Em 2020, foi nomeado arcebispo da arquidiocese de Manaus.(Portal Marcos Santos)
