O corpo de jurados que irá avaliar o Festival Folclórico 2022 já está em Parintins. O prefeito Bi Garcia reuniu com os dez jurados, nesta quarta-feira (22), para repassar orientações quanto aos critérios de avaliação do espetáculo.
Segundo Bi Garcia, a Prefeitura vem trabalhando desde 2017 para profissionalizar e dar transparência no Festival. “Eu falo muito da seriedade, da responsabilidade, do comprometimento que se deve ter com o julgamento do Festival de Parintins. Um julgamento que leve em conta a fundamentação da apresentação de cada boi. Estou muito feliz pela escolha, são doutores, pós-doutores, especialistas em folclore, cada um na sua área, e não tenho dúvidas que vamos ter um julgamento técnico do festival de Caprichoso e Garantido”, disse.
O processo de seleção foi feito através de edital e, de acordo com o advogado Hudson Correa Lopes, da comissão responsável pela escolha do júri, houve uma avaliação criteriosa, pois alguns itens do regulamento requerem experiência, além da formação.
“Todos têm a formação necessária para o julgamento, e agora eles vêm com antecedência para participar de workshop com as duas agremiações antes de irem para arena. Antigamente os jurados chegavam quase que no dia da festa e ficavam sem saber o que é um ritual, auto do boi. Agora eles irão para arena entendendo o que rege o regulamento”, completou.
Para o presidente da Comissão dos Jurados, Lucio Enrico, “a causa pública, a lisura e transparência são temas muito importantes para as pessoas que fazem parte do corpo de jurados e o legado que esse grupo quer deixar é buscar ajudar no aprimoramento e na elaboração dos critérios de julgamento, com sugestões para outras edições”, pontuou.
Nos dias que antecedem a festa, os jurados irão participar de seminário com os bois para apresentação do tema. Na quinta-feira (23) será realizada a leitura do regulamento passo a passo para sanar as dúvidas, além da visita aos galpões de alegorias e currais sem a presença de itens.
Confira o perfil dos dez jurados:
Daniel Lemos é pianista com 29 anos de atuação, tendo se apresentado cerca de cento e vinte vezes em quatorze Estados brasileiros. Possui curso técnico, bacharelado, mestrado e doutorado em Música, sendo atualmente Professor Adjunto do Departamento de Música da Universidade Federal do Maranhão e formador no Curso de Música Licenciatura a distância da Universidade Estadual do Maranhão, com polos em vinte cidades do Estado. Como jurado e consultor, atuou para Secretarias de Cultura do Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, avaliando mais de mil e trezentas propostas culturais.
Pedro Aragão é etnomusicólogo, bandolinista e professor na Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO), Brasil, onde atua na graduação – lecionando prática de conjunto e História da Música Popular Brasileira – e na pós-graduação. Seus interesses de pesquisa incluem música popular brasileira, arquivos sonoros, relações entre indústria fonográfica e música popular e culturas populares. É autor do livro “Alexandre Gonçalves Pinto e ‘O Choro’”, que recebeu em 2012 o Prêmio Silvio Romero IPHAN – MINC (2ª colocação) e o Prêmio Funarte de Produção Crítica em Música 2013. É organizador (com Bia Paes Leme, Paulo Aragão e Marcilio Lopes) dos livros “Pixinguinha, Inéditas e Redescobertas”, “Pixinguinha: Outras Pautas” e “Carnaval de Pixinguinha”, reunindo arranjos orquestrais desse compositor brasileiro para a rádio nas décadas de 1940 e 1950. Atuou como Professor Visitante na Universidade de Aveiro entre 2015 e 2016, onde desenvolveu pesquisa pós-doutoral sobre acervos sonoros em 78 rpm em Portugal e Brasil. Atualmente é Investigador na Universidade de Aveiro, onde coordena o projeto LiberSound, focado no estudo de trânsitos sonoros entre Brasil, Portugal, Moçambique e Goa (Índia) através da fonografia. É um dos coordenadores do processo de registro do Choro como Patrimônio Imaterial Brasileiro para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Victor Neves é professor efetivo da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), vinculado ao Departamento de Teoria da Arte e Música (DTAM) e ao Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS). Graduado em Música/Composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre e doutor pela mesma universidade. Livre-pesquisador na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS / Paris, França, 2013-2014), laureado com a Menção Honrosa no Prêmio Capes de Teses (2016), pesquisador-visitante no Centro de Economia Sorbonne Nouvelle / Paris-Nord (Paris / França, 2020). Coordena o grupo de pesquisa Laboratório de Estudos Musicais e Sonoros (LEMUS/UFES), e é pesquisador-membro do Laboratório de Etnomusicologia (LabEtno/UFRJ).
Cassia Rejane Pires Batista – Doutora em Artes Performativas / Lisboa PT Mestre em Teatro / UNIRIO Professora Departamento de Artes Cênicas / UFMA Chefe de Departamento em exercício Coordenadora do NEPP (Núcleo de Estudos e Prática da Performance) Integrante do Grupo de Pesquisa Encenação e Corporeidades CENACORPO/CNPQ – UFMA Fundadora Abluir Produções Artísticas atriz / diretora de teatro / pesquisadora / Performer / cultura popular
Dickson Duarte é artista cênico, diretor artístico e coreógrafo, licenciado em Artes Cênicas, Mestre em Arte/Dança e Doutor em Educação – Práticas e Saberes – pela Universidade Federal de Uberlândia com estágio doutoral pela Universidade de Cape Town – África do Sul. Docente do Instituto Federal do Triângulo Mineiro e do Mestrado Profissional da Universidade Federal de Uberlândia. Atua na pesquisa de temáticas artísticas, culturais e antropológicas ligadas as matrizes afro-brasileiras e indígenas. Membro da Associação Nacional de Pesquisadores/as Negros/as e da Rede Sul-americana de Dança.
Lucio Enrico Vieira Attia – Doutorando em Educação – UFPE. Graduando em Produção Cultural – Unicsul. Mestre em Cultura e Territorialidades – UFF. MBA em Gestão Cultural – UCAM. Especialista em História Social e Cultural do Brasil – Simonsen. Graduado em Psicologia: Licenciado, Bacharel e Psicólogo – UGF. Presidente da Comissão de Ética da UFPE. Membro do Comitê Curador de Arte e Cultura da UFPE. Membro do Fórum Nacional de Pareceristas da Cultura. Técnico em Assuntos Educacionais na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pernambuco. Experiência como Arte Educador (UNATI UGF, Programa de Criança Petrobras/REDUC, Centro Cultural Jongo da Serrinha). Atuação como Gestor Cultural (Centro Cultural Jongo da Serrinha, SESC Rio e Instituto Estadual de Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro). Experiência de 13 anos em análise de projetos culturais nas três esferas de governo. No nível federal, no Programa de Extensão Universitária – PROEXT MEC SESu, na UFF, UFPE, UFT, UNILA e UNILAB. No nível estadual junto às Secretarias de Cultura: do Rio de Janeiro (em diferentes editais e também na LIC), Mato Grosso, Espírito Santo (FUNCULTURA), Ceará (diferentes editais), Pernambuco (em diferentes editais, incluindo FUNCULTURA), e Distrito Federal (FAC e LIC), no Paraná (PROFICE). No nível municipal junto às Secretarias: do Rio de Janeiro, Cachoeiro de Itapemirim, Chapecó, Balneário de Camboriú, Fortaleza, Sorocaba, Muriaé, Rio do Sul, Bombinhas, Curitiba, Navegantes e Recife. Coordenei durante 13 anos o BOIDAQUI, um grupo que tem como missão articular diferentes setores da sociedade junto aos mestres das tradições populares, a fim de valorizar a diversidade cultural brasileira.
Roberto Basílio Fialho é coreógrafo, performer, bailarino, videomaker, preparador corporal e também professor/pesquisador dos Cursos de Licenciatura em Teatro e Licenciatura em Dança UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia das disciplinas de visualidades cênicas (Figurino, Maquiagem e Cenografia). Tem formação completa em Balé clássico pelo Método Royal Academy Dance (1993/2001) É Mestre em Dança (PPG/Dança – UFBA (2009/2011); Especialista em Dança “Estudos Contemporâneos em Dança” UFBA (2008); licenciado em Dança pela Escola de Dança da UFBA (2006); e técnico em Dança pela Escola de Dança da FUNCEB (1999/2002). Na UESB também Coordena o projeto de pesquisa “Yemanjá Digital – O Corpo Imerso”, que investiga interfaces entre corpo, câmera e espaço cênico. Foi professor da Escola de Dança da FUNCEB no curso profissionalizante (2008/2009 e 2011). Integra o grupo Elétrico – Grupo de Pesquisa em Ciberdança (CNPq). Principais interesses: cenografia, Dança contemporânea, videodança, dança-teatro, dramaturgia em dança, maquiagem cênica, danças populares e/ou folclóricas brasileiras. Sua trajetória com dançarino, performer e corógrafo passou pelos grupos de dança profissionais e amadores: Grupo Tráfego, Cia de danças populares Maracás, Orquestra Afro-baiana Emília Biancard, Núcleo “B” Dança Contemporânea.
Caio Csermak é doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo com período sanduíche na Franz Liszt University of Music Weimar (Alemanha). Pesquisador de cultura popular, sua tese de doutorado foi agraciada com a 1ª Menção Honrosa do Prêmio Silvio Romero 2020 do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. Atualmente é Professor Substituto de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba. Entre 2009 e 2013 trabalhou em programas do UNIFEM e da ONU Mulheres no Brasil. Desde então atua como avaliador de programas de entidades do Sistema ONU, como ACNUR, ONU Mulheres, UNESCO e UNFPA. Entre 2013 e 2015 foi animador cultural do Sesc São Paulo e responsável pela programação de música do Teatro Paulo Autran. Produziu mais de uma centena de shows, 6 CDs e fez a produção musical do documentário Sobre Sonhos e Liberdade (Plural Filmes). Foi curador assistente da exposição Jamaica, Jamaica! (Sesc/Cité de la Musique) e parecerista de 18 editais de cultura para prefeituras e governos estaduais, como o Funcultura-PE, o FAC-DF e o Retomada-RJ.
Carlos Carvalho – Graduado pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Mestre e Doutor em Artes Visuais – Imagem e Cultura pela UFRJ. Autor do livro “Chapa Branca: farda e fantasia nos desfiles da Beija-Flor (1973-1975)”. Vice coordenador do Núcleo de Estudos de Carnavais e Festas – CNPq/UFRJ. Atuou como Professor de História da Arte para os ensinos Fundamental II e Médio (2012-2021). Professor Substituto nos cursos de Artes Cênicas da Escola de Belas da UFRJ (2020-2022). Professor convidado no curso Lato Sensu Figurino e Carnaval na Universidade Veiga de Almeida (2015-2020), atualmente na pós-graduação Lato Sensu Gestão e Design em Carnaval na CENSUPEG Rio de Janeiro e São Paulo. Iniciou no carnaval em 1998, no G.R.E.S. União da Ilha do Governador onde permaneceu até 2004. Em 2005 no G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel junto com o carnavalesco Alexandre Louzada e de 2006 a 2009 como seu assistente no G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis. Em 2010 desenvolveu, junto ao carnavalesco Paulo Barros, fantasias especiais e o figurino para comissão de frente para o enredo É Segredo para o G.R.E.S. Unidos da Tijuca e em 2015 como membro do departamento de carnaval. Atuou também como jurado de enredo e alegorias nos carnavais de Niterói/RJ (2018), nos desfiles da liga LIVRES/RJ (2020 e 2022), Carnaval de Vitória/ES (2022) e para os desfiles do Carnaval de Maquete (2019-2021) e Carnaval Virtual (2021).
Mariana Estellita Lins é professora do departamento de artes visuais da Universidade Federal do Maranhão – UFMA onde atualmente também exerce a função de coordenadora do curso de graduação. Desenvolve projeto de pesquisa sobre a produção de artistas contemporâneos maranhenses, abordando suas propostas conceituais, tematicas, técnicas e diversos aspectos sobre suas linguagens artísticas.
Possui doutorado em artes visuais com ênfase em história e crítica de arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, mestrado na mesma área, e graduação em museologia. Ao longo de sua trajetória profissional, além das atividades docentes e de pesquisa, já trabalhou em contato com importantes artistas brasileiros, atuando principalmente em seus ateliês.(Portal Marcos Santos)