O Governo do Amazonas vai identificar a infraestrutura dos aeroportos do interior do Estado e que tipo de parcerias e investimentos são necessários para melhorar esses locais para o recebimento de linhas regulares, com o objetivo de ampliar a integração dos municípios pela malha aérea, com foco no desenvolvimento social e econômico, prioridade do Governo Wilson Lima.
Ontem, quinta-feira (04), o governador em exercício, Carlos Almeida, reuniu os secretários de Planejamento (Seplancti) e de Infraestrutra (Seinfra) e com as direções da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) e da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) para tratar do tema.
“O isolamento do interior é histórico, afeta os municípios de diferentes formas e precisamos ampliar essa integração, com Manaus e o restante do País”. Segundo Carlos Almeida, o governador Wilson Lima entende que é preciso conciliar a necessidade de melhorar a infraestrutura de aeroportos com o planejamento do Estado para desenvolver novas matrizes econômicas, estratégia que otimizará o uso de recursos do Estado.
É o caso da reserva de silvinita do Amazonas, uma das maiores do mundo. O levantamento mais atual revela que a reserva no município Autazes pode produzir potássio, fundamental para a agricultura, por 30 anos. De todo potássio que o Brasil consome, 70% é importado.
No turismo, a pesca esportiva é um dos produtos que tem potencial muito maior do que o explorado atualmente pelo Estado. A atividade atrai turistas de outras regiões brasileiras, como Sudeste e Centro-Oeste; e de outros países, principalmente dos Estados Unidos. O segmento movimenta cerca de 16 mil turistas por ano, com cada gastando em torno de R$ 6 mil por pacote, de cinco a seis dias.
Logística – Carlos Almeida afirma que os investimentos em logística para desenvolver as potencialidades naturais do Amazonas devem ser iniciados assim que possíveis porque os resultados são sentidos no médio e longo prazos. “No caso de aportes maiores de recursos, o faremos quando as finanças do Estado permitirem’’, pondera.
Em muitos casos, o investimento necessário para o aeroporto ser homologado pela agência reguladora do setor, a Anac, é pequeno, e pode ser feito em parceria com as prefeituras: são construção de muro, serviço permanente de capinação, sinalização vertical da pista de pouso e decolagem, implantação de estação meteorológica e/ou de brigada de incêndio com carro pipa.
Ciclo virtuoso – O presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, destaca o ciclo virtuoso que a melhora da estrutura dos aeroportos gera. “As melhorias vão contribuir para quem opera no Estado, para a população e o fomento de negócios, proporcionando ganhos para toda a economia do Estado”, ressalta o presidente da Abear.