Com canto sobre samurai negro, a Mocidade Alegre quebra jejum de 9 anos e leva 11º título do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira, 21, após a apuração das notas dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial.
A escola da Zona Norte não levantava o troféu desde 2014, sendo a terceira maior vencedora do estado e a maior da capital. Com 270 pontos, a Mocidade alcançou a pontuação máxima –os únicos 9.9 que recebeu nos quesitos fantasia, mestre-sala e porta-bandeira e alegoria foram descartados.
“Estou tão feliz. Estávamos toda hora batendo na trave, agora foi”, disse presidente da
Mocidade Alegre, Solange Cruz, logo após o anúncio da vitória. Ela –que não largou seus terços durante toda a apuração– ainda mandou um recado para o carnavalesco da agremiação. “Parabéns, Jorge Silveira”.
Quem também comemorou e não escondeu a emoção foi o Mestre Sombra, presidente da bateria da escola e marido de Solange Cruz. “Em 2018, esteve na nossa mão e não veio, mas dessa vez veio”. Perguntando sobre qual era o segredo da vitória, ele respondeu: “É uma mistura de sorte, trabalho, é um jogo.”
Os integrantes acompanharam a leitura das últimas notas de mãos dados e em meio a muitas lágrimas. E na quadra da escola, que fica no Bairro do Limão, os integrantes vibraram muito.
Destaques do desfile
A Mocidade Alegre foi a quinta escola a desfilar na madrugada deste domingo, 19, no Sambódromo do Anhembi. Neste ano, a escola leva para a Avenida o enredo “Yasuke”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira.
O samba-enredo cantado pelo intérprete Igor Sorriso é de autoria dos compositores Márcio André, Aquiles da Vila, Fabiano Sorriso, Chanel, Marcos L. Gabriel, Salgado Luz, Marcelo Valência, Marcus Boldrini, Diogo Corso, Ítalo Pires, Biro Biro, Turko, Gui Cruz, Rafa do Cavaco, Portuga, Maradona, Imperial, Fabio Souza, Luciano Rosa, Fionda Tem Tem e Vitor Gabriel.
A agremiação liderada por Solange Cruz terminou seu desfile com o tempo de 1 hora, 4 minutos e 57 segundos.(Redação do Terra)