O Amazonas lidera o aumento de estupros no país, com um crescimento de 37% em 2022. Os dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 (FBSP), nesta quinta-feira (20), também apontam para o aumento de estupros de vulneráveis no estado.
Em números absolutos, o Amazonas registrou 836 estupros no ano passado, um aumento de 37%, na comparação com 2021, que tinha registrado 603 casos. Esses dados incluem estupros e estupros de vulneráveis.
Casos de estupros no Amazonas: 2021 – 603 casos, 388 deles de estupro de vulneráveis
2022 – 836 casos, 591 deles de estupro de vulneráveis
Estupro de vulneráveis
O Anuário de Segurança subdivide os dados em “Estupro” e “Estupro de Vulnerável”. No caso do Amazonas, dos 836 estupros cometidos no ano passado, 591 foram contra pessoas vulneráveis.
O número é ainda mais alarmante quando comparado com 2021, quando o estado registrou 388 casos de estupros de vulneráveis.
Esse dado colocou o Amazonas novamente em primeiro lugar entre os estados, já que de 2021 para 2022 houve aumento de 50,8% de casos. É o maior crescimento do Brasil. É considerada vulnerável qualquer pessoa incapaz de se defender, como crianças, idosos e pessoas com deficiência.
Estupro de vulneráveis no Amazonas:
2021 – 388 casos 2022 – 591 casos (aumento de 50%)
Brasil
Em 2022, o Brasil registrou o maior número da história de casos de estupros – considerando também estupros de vulneráveis.
Os dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta, informam que foram 74.930 vítimas de estupro em todo o país.
Foram cerca de 6.244 casos por mês ou 205 registros do crime por dia.
O levantamento considera casos de ocorrências que foram informados às autoridades policiais. Como nem todos são registrados, pode haver subnotificação. De acordo com a série histórica do Anuário, 2022 teve o maior número de registros. Um crescimento de 8,2% na comparação com 2021, quando foram 68.885 ocorrências.
A pesquisa do FBSP ainda mostrou o crescimento da violência contra a mulher no ano passado. Foram registrados 1.437 feminicídios, aumento de 6,1% quando em comparação com 2021. Também foram computados 4.034 homicídios femininos, crescimento de 1,2%.
A maioria das vítimas são negras (61,1%), com idade entre 18 e 44 anos. Sete a cada 10 mulheres foram mortas dentro de casa. Também houve aumento de 2,9% das agressões por violência doméstica e de 7,2% das ameaças.(Portal Marcos Santos)