O presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Wilker Barreto (PHS), participou na última quinta-feira (11), em Brasília, do seminário sobre “A importância da Zona Franca de Manaus para o crescimento do País”, com o objetivo debater o crescimento da região, sistema tributário e o desenvolvimento econômico do Estado.
Atento às constantes investidas por parte de outros Estados que visam a retirada dos benefícios do Polo Industrial de Manaus (PIM) e da falta de comprometimento do Governo Federal em assegurar a competitividade do modelo que gera emprego, arrecadação e preserva a Amazônia, Wilker novamente saiu em defesa da ZFM.
“Somos uma matriz que vai além da geração de emprego e renda. Estamos falando de um Polo que ajuda no desenvolvimento da Região, do Brasil e do mundo. É o principal modelo que valoriza não só o Brasil, mas o mundo. Para minha tristeza, não estou vendo por parte do Governo Federal um esforço para reforçar este modelo que sustenta nosso Estado”, disse.
Ainda de acordo com o parlamentar, na quinta-feira (11), o Ministério da Economia abriu consultas públicas para alteração do Processo Produtivo Básico (PPB) para notebooks e ultrabooks e de celulares, voltados para produção nacional. A ação é uma verdadeira tortura à ZFM, que tem grandes incentivos para este tipo de fabricação. Outra situação alarmante é a urgência pela definição de uma alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Se chegar a menos de 8% para os demais estados, o Amazonas perde totalmente sua competitividade no setor de concentrados de refrigerantes.
“O polo industrial da ZFM precisa da atenção e sensibilidade. Sem o apoio devido, o Amazonas viverá a mais traumática crise financeira de todos os tempos. Sem emprego e sem produção, estaremos falidos e diante de um colapso. Precisamos que todas as forças políticas possam se unir para fazer valer este modelo único em nosso Amazonas”, destacou Barreto, que foi ao Seminário juntamente com o presidente da Aleam, Josué Neto (PSD), e o deputado estadual Saullo Vianna (PPS).
No Seminário, diversos benefícios da Zona Franca de Manaus foram citados, como: a criação de bases para ocupação das fronteiras do Norte brasileiro, até então instáveis (integrar para não entregar); promoção dinâmica da economia no centro da Floresta Amazônica, distante 1,5 mil quilômetros da foz do rio Amazonas; distribuição e transferência de rendas e preservação da Floresta (98,72%) por reduzir a pressão humana sobre o ecossistema.
