Ações incluem enfrentamento a doenças relacionadas à estiagem, visitas técnicas sanitárias e controle epidemiológico hospitalar…
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulga balanço das ações e resultados da Fundação em estratégias de prevenção a doenças referentes a 2023, até 20 de dezembro, como identificação e eliminação de criadouros, coleta de amostras de água para consumo humano, distribuição de hipoclorito de sódio e de outros insumos.
O balanço inclui, ainda, outras atividades de destaque, como ações de enfrentamento a doenças relacionadas à estiagem, visitas técnicas sanitárias, fortalecimento da vigilância epidemiológica hospitalar, de ações de comunicação em saúde e da Atenção Primária à Saúde com visitas técnicas de suporte aos municípios do Amazonas.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, avalia que os números alcançados pela instituição refletem o compromisso da gestão com a saúde da população do Amazonas. “Além dos desafios anuais de prevenção a doenças, incluindo as tropicais, o ano de 2023 nos trouxe o desafio de lidar com o impacto da estiagem severa no estado. As ações da fundação refletem ainda o enfrentamento a esse desafio também de saúde pública a partir de medidas preventivas”, ressalta a diretora.
O Amazonas ganhou protagonismo, em 2023, com ações realizadas para detectar precocemente casos e executar controle imediato de doenças transmissíveis e não transmissíveis relacionadas à estiagem nos municípios do estado. Por ocasião da estiagem, foi implantado o Centro de Operações de Vigilância em Saúde (COVs), seguindo matriz de responsabilidades e relatórios de monitoramentos diários, em parceria com Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiental (SVSA) e Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Somente de agosto a outubro, foram enviados 1,6 milhão de frascos de hipoclorito de sódio a 2,5% para o enfrentamento de problemas com relação à água para consumo humano da população. Em 2023, de janeiro a 20 de dezembro, foram distribuídos mais de 4,2 milhões de frascos de hipoclorito de sódio.
Por meio do Centro de Operações de Vigilância em Saúde (COVS), a FVS-RCP realizou 100 atividades relacionadas ao enfrentamento e prevenção de doenças e agravos durante o período da estiagem, como a realização do monitoramento da situação de saúde dos municípios, à intensificação de ações junto a essas cidades, fortalecimento da comunicação e educação em saúde.
Ainda relacionada à estiagem, também foram realizadas ações de educação em saúde e voltadas à Vigilância da Qualidade da água; envio de 1,6 mil capas protetoras para cobertura de depósitos de armazenamento de água, além de insumos, como pastilhas para tratamento focal (13,4 mil) e inseticida para bloqueio de casos de dengue (1,8 mil litros).
Prevenção a doenças tropicais
Para o enfrentamento da malária, a FVS-RCP lançou e coordena o Plano Estadual de eliminação da malária 2023-2035 com realização de oficinas e eventos conjuntos com gerentes, coordenadores de Atenção Básica dos municípios, além de técnicos de Distritos Sanitários Especiais Indígenas; foram distribuídos 35,3 mil unidades de mosquiteiros impregnados com inseticida, 34,4 mil borrifações intradomiciliares e 673,4 mil exames de diagnóstico de malária.
O Programa de Vigilância e Controle das Arboviroses (dengue, zika e chikungunya) realizou mais de 1 milhão de visitas técnicas a imóveis e 1,1 mil visitas técnicas com ênfase em armadilhas ovitrampas, estratégia para combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças.
Outras doenças
O Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) realizou 15 mil coletas de amostras de água para análises da qualidade para consumo humano. Pelo Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA), foram monitorados resíduos de agrotóxicos em seis municípios. Já o Programa de Controle de Zoonoses distribuiu estoque de soros antirrábico e antipeçonhento.
Pelo Programa de Controle da Tuberculose do Amazonas (PECT-AM), a FVS-RCP recebe menção honrosa por alcançar maior uso de regime para prevenção da tuberculose no país. Também foi realizado treinamento e ampliação do teste LF-LAM, para diagnóstico de tuberculose em pessoas vivendo com HIV, para nove municípios, incluindo a capital do estado, Manaus.
Para o desafio da imunização, foi inaugurado o novo Centro de Distribuição de Vacinas e Soros na sede da FVS-RCP. Também foi realizada a campanha de multivacinação no estado de forma pioneira no país, seguida de assessoria técnica de imunização nos municípios com cobertura vacinal abaixo de 40%. Outra estratégia do programa é a coordenação das campanhas vacinais, incluindo influenza, Covid-19 e Mpox, além da coordenação das oficinas de microplanejamento para Atividades de Vacinação de Alta Qualidade (AVAC).
Na Vigilância Epidemiológica, o Programa de Controle de Doenças Transmissíveis realizou capacitações e visitas técnicas de suporte a municípios no enfrentamento das doenças transmissíveis, com destaque para Paralisia Flácida Aguda (PFA) e Poliomielite. Especificamente pelo Programa de Doenças Não-Tranmissíveis e Outros Agravos, foram treinados os 62 municípios relacionados à notificação de violência sexual e desenvolvidas ações de enfrentamento a esse agravo, como concurso de desenho e poesia para estudantes e seminário.
A Rede Estadual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (REVEH/AM) vinculou 21 novos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) em 2023. Atualmente, o Amazonas conta com 56 NVEH vinculados, sendo 31 na capital e 25 nos municípios do interior.
As Comissões de Controle de Infecção e Núcleos de Segurança do Paciente estão implantadas em 47 unidades de saúde da capital, da rede pública e privada, e em 21 municípios do interior do Amazonas.
HIV, IST’s e hepatites virais
Entre os destaques do Programa de Controle da Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e HIV/Aids implantou a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao HIV em três serviços de emergência na capital do estado. Pelo Programa de Hepatites Virais, foram implementados atendimentos e fluxos de transmissão vertical em 14 maternidades.
Outras estratégias
A Vigilância Sanitária realizou mais de 20 mil visitas técnicas sanitárias nos municípios do Amazonas e realizou apoio técnico em festivais folclóricos no interior do estado. Na Vigilância Laboratorial, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) realizou 197 mil exames e 168 mil procedimentos.
O Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador do Amazonas (Cerest-AM) monitorou ações de saúde do trabalhador executadas pelos Cerest’s regionais. Houve o lançamento da revista “Vigilância em pauta”, primeira revista digital de Vigilância em Saúde do Amazonas; produção e análise de informes com cenários de doenças e de monitoramento de atendimentos de saúde em eventos de massa; realização de campanha de prevenção ao uso indiscriminado de medicamentos; distribuição de equipamentos para combate a doenças pelas vigilâncias em saúde municipais; ampliação da plataforma de cursos de Ensino a Distância (EaD) e assinatura de termo de cooperação para desenvolvimento de pesquisas científicas junto ao Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD)/Fiocruz Amazônia e ao Núcleo de Tecnologia do Ceará (Nutec).