Com o objetivo de esclarecer dúvidas de citricultores, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) reuniu produtores rurais dos municípios de Rio Preto da Eva e Iranduba.
De acordo com o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Aráujo, para que os produtores rurais comercializem seus frutos, é necessário que atendam os pré-requisitos da Instrução Normativa (IN) N° 33, de 24 de agosto de 2016, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece normas técnicas para a emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e de Origem Consolidado (CFOC).
O CFO e o CFOC atestam a origem e sanidade das partes vegetais. Com base nesses certificados, os fiscais da Adaf emitem a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), documento que autoriza o trânsito interestadual.
“É importante abrir o diálogo com os grandes atores envolvidos neste processo. A Adaf, por meio de nossa equipe técnica, funciona como um canal de informação e acima de tudo de orientação, para que o trabalho dos produtores rurais seja facilitado dentro das normas que as leis preconizam”, comentou Alexandre Araújo.
Durante a reunião foi pautado a importância do cadastro de Unidade de Produção (UP), relacionados a produtores que pretendem enviar frutas e mudas para fora do estado, entre outros temas.
*Cadastro* – De acordo com a Adaf e seguindo as diretrizes da IN, o produtor rural deve efetuar a inscrição da UP no prazo de 120 dias antes do início da colheita, na agência. “Realizar o cadastro é importante para a defesa sanitária vegetal, pois oportuniza ao produtor rural exportar seus frutos para outros estados”, comentou Sivandro Campos de Freitas, engenheiro agrônomo da Gerência de Defesa Vegetal da Adaf.
Além disso, o produtor deve apresentar o croqui de acesso e de localização da UP, com coordenadas geográficas, comprovante de taxas, cópia de identidade e CPF, cópia do documento de posse da terra (autenticado) e declaração de responsabilidade técnica.
“Essa reunião foi fundamental, principalmente para os produtores rurais que não têm acesso à informação diária e internet. Além disso, serviu para reconhecermos a atuação da Adaf, que tem trabalhado muito bem em suas barreiras fitossanitárias e está protegendo o nosso patrimônio vegetal, porque muitas doenças de outras federações, o Amazonas não possui”, afirmou Claudio Decares, produtor rural e presidente Associação Amazonense de Citricultores (Amazoncitrus), que hoje conta com um número pequeno de produtores associados, mas tem desenvolvido ações para incrementar a cadeia de citros e fortalecer o agronegócio familiar e empresarial em Rio Preto da Eva.