Uma das dúvidas em relação às vacinas contra a Covid-19, disponíveis no Brasil, é quanto ao consumo de bebidas alcóolicas, antes ou depois da imunização. A médica Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), disse ao IG, que a ideia de que é preciso cortar o álcool tem se disseminado no Brasil, mas não há qualquer recomendação nesse sentido.
Nas bulas dos dois imunizantes, usados no País, CoronaVac (clique no link para ver a bula completa), da biofarmacêutica chinesa SinoVac, e Covishield (clicando no link você encontra a bula), do laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, não consta nenhuma indicação de que há comprometimento do efeito da vacina, nem o risco de eventos adversos ligados às bebidas.
O Portal do Marcos Santos falou diretamente com a assessoria de imprensa do Instituto Butantan, que responde pela Coronavac. A resposta foi que não há nada previsto em relação ao consumo de bebida alcoólica.
Orientação da FVS-AM
Muitos profissionais que aplicam as vacinas em Manaus e em outros Estados brasileiros estão orientando os imunizados a não beber, durante o intervalo entre as vacinas. Há, inclusive, vários vídeos viralizando nas redes sociais com essa informação. No mais conhecido, um idoso pergunta à vacinadora: “E a birita? Quando eu posso tomar uma”. E ela responde: “Só depois da segunda dose”. A informação, no entanto, não se sustenta.
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) reforça que não há restrição ao consumo de bebida alcoólica, após tomar qualquer vacina, inclusive contra a Covid-19. O serviço de saúde, no entanto, recomenda a suspensão até 48 horas após. “É o período que normalmente surgem sinais de evento adverso ao imunizante e, se a pessoa estiver sob o efeito da bebida, é possível que ela não perceba os sinais de alerta”, observa a FVS-AM.
Quem não dispensa um aperitivo, portanto, não precisa abrir mão da imunização.(Portal Marcos Santos)