Com o objetivo de apresentar o Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), visando a suspensão da vacinação até 2021 no Amazonas, as principais mudanças para os pecuaristas e a situação do Amazonas neste cenário, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), promoveu ontem, quarta-feira (24), o I Fórum Amazonas Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, em Autazes (a 113 quilômetros de Manaus).
Na ocasião, a Adaf apresentou ações que estão sendo implementadas no Estado em sua totalidade. Entre eles a modernização do serviço de defesa agropecuária, o aprimoramento da capacidade do Serviço Veterinario Oficial (SVO), o fortalecimento de medidas de prevenção e redução das vulnerabilidades, além de contribuir para tornar o país livre de febre aftosa sem vacinação com reconhecimento internacional, com o apoio dos órgãos parceiros e privados, em parceria com os pecuaristas.
“Este é o primeiro fórum que nós estamos tratando com as autoridades do setor primário, privado e principalmente com os pecuaristas sobre a suspensão da vacinação de febre aftosa do nosso rebanho. Esse plano estratégico foi concebido em 2017 e vai até o ano de 2026, por isso, estamos hoje, em Autazes realizando o primeiro fórum e reconhecemos Autazes com uma pecuária pujante e com produtores que sempre estiveram comprometidos com a vacinação contra febre aftosa”, destacou o diretor-presidente da Adaf.
Sobre o plano– O plano estratégico prevê retirada da vacina contra febre aftosa no país até 2023 e tem como principal objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira e abertura de novos mercados para produtos de origem animal.
Nesse sentido, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dividiu o país em cinco blocos.
No bloco I integram os Estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e parte da região sul e sudoeste do Amazonas. Os restantes dos municípios do Amazonas participam do bloco II, juntamente com Roraima, Amapá e Pará.
Os municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira Guajará, Humaitá, Itamarati, Ipixuna, Lábrea, Manicoré, Pauini e parte de Tapauá na dívisa com o município de Humaitá foram incluídos no bloco I. Autazes foi incluído no bloco II.
“O fórum marca um debate com a participação de todos interessados, sejamos nós do setor privado, pecuaristas, os órgãos de defesa agropecuária, a Adaf, o Mapa, as prefeituras municipais, os médicos veterinários. Todos traçando um planejamento para que o nosso Estado possa em 2021 obter esse status sanitário tão esperado e a retirada da vacina que vai trazer a valorização ainda maior da atividade pecuária e um custo menor”, destacou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço.
“Pra gente é um prazer ter participado como pecuarista desse evento tão importante, que é é a questão da suspensão da vacinação é maravilhosa, principalmente para ficarmos sem vacinar o gado”, comentou Alciran da Silva, pecuarista de Itacoatiara (Novo Remanso).
Participaram do evento, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Alexandre Araújo; a gerente de defesa animal da Adaf, Graziele Domingues; a presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal e Sustentável (Idam), Eda Oliva, o diretor de planejamento do Idam, Armando Jorge e a diretora do financeiro do Idam, Jacinta Coelho ; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço; a representante da Superintendência Federal da Agricultura no Amazonas (SFA-Am), Consuelo Lopes; o prefeito municipal de Autazes, Andreson Cavalcante, vereadores da câmara municipal e pecuaristas dos municípios de Autazes, Itacoatiara, Careiro da Várzea e Castanho.