O Governo do Estado recebeu, ontem, quinta-feira (26), novos lotes de máscaras cirúrgicas e de macacões de polietileno de alta densidade que irão reforçar o estoque de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) usados pelos servidores da saúde no atendimento aos casos do novo coronavírus. A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informa, ainda, que o Amazonas está abastecido com todos os EPIs recomendados pelas autoridades sanitárias no manejo clínico de pacientes com Covid-19, entre eles a máscara tipo N95, indicada para procedimentos com risco de geração de aerossol, como intubação em leito de UTI.
Os insumos adquiridos com recursos próprios do governo estadual já foram distribuídos entre as unidades da rede. No caso dos macacões de polietileno, eles serão usados pelos profissionais de saúde que atuam, na capital e no interior, com a remoção de pacientes suspeitos/confirmados de Covid-19. O material repele líquidos à base de água e aerossóis e oferece uma barreira contra as partículas que transmitem o novo coronavírus.
Já as máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas para evitar a contaminação da boca e nariz do profissional por gotículas respiratórias em procedimentos realizados a uma distância inferior a um metro do paciente. Também devem ser usadas pelos pacientes com sintomas de infecção respiratória (febre, tosse espirros, dificuldade para respirar), desde a chegada ao serviço de saúde, na chegada ao local de isolamento e durante a circulação dentro da unidade. Uma nova remessa de máscaras, desta vez enviada pelo Ministério da Saúde, deve chegar ao Amazonas nos próximos dias.
Escassez no mercado – A pandemia de Covid-19 tem gerado uma escassez de EPIs no mercado mundial, conforme alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda no início de fevereiro. Segundo a agência, a demanda atual por esses insumos está 100 vezes maior que o normal, fazendo inclusive com que os fornecedores atrasem suas entregas por falta de matéria-prima.
“Temos um déficit mundial em decorrência de uma alta demanda, provocado pelo uso não racional dos EPIs, principalmente de máscaras cirúrgicas e N95, e ainda por problemas relacionados à importação”, esclarece a presidente da Comissão Estadual de Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de Saúde, Tatyana Amorim.
Em função desse cenário, a Susam e a FVS elaboraram uma nota técnica com instruções para o uso correto e razoável dos EPIs nas unidades de saúde do Amazonas. O documento é baseado nas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e orienta sobre qual material deve ser usado pelo profissional durante atendimento a pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19, conforme o ambiente hospitalar e o tipo de procedimento. Já a distribuição desses equipamentos é feita conforme a necessidade e o tempo em que os produtos vão sendo entregues pelos fornecedores.