Mais de 100 famílias lesadas pela construtora PDG, que vendeu apartamentos no condomínio Ville Statium na Avenida Loris Cordovil, bairro da Alvorada, zona centro-oeste, participaram na manhã de hoje, sexta-feira (22), de uma audiência pública na Câmara Municipal de Manaus (CMM), para debater alternativas para recuperar o investimento feito no empreendimento.
A audiência, proposta pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Vigilância Permanente da Amazônia (Commaresv), vereador Fransuá (PV), foi realizada no auditório Zanny dos Reis e contou com a presença do coordenador do Procon Manaus, Rodrigo Guedes.
Fransuá afirmou que esta é uma situação muito grave e que a construtora tem que arcar com todos os prejuízos causados aos compradores. “Muita gente aqui, comprou o apartamento à vista, vendeu bens, estão morando de aluguel, tem pessoas morando de favor, que adoeceram e até morreram com depressão, e por isso temos que ver os caminhos que temos que tomar para que a empresa pague os prejuízos ocasionados”, disse o parlamentar.
Para a representante da Comissão do Patrimônio de Afetação, que está à frente do processo, Esterfeny Guedes, é importante que a PDG se pronuncie, já que eles procuram informações junto à construtora, sem sucesso. “Queremos pelo menos uma justificativa, porque estamos desde 2017 sem nenhuma informação sobre o andamento das obras, antes disse ainda recebíamos emails sobre a construção, o que não vem acontecendo desde então”.
Segundo ela, a obra, que está 56% concluída, se encontra parada no momento, sem a presença da construtora, o que mostra o descompromisso da PDG em entregar o empreendimento.
O caminho, segundo o coordenador do Procon Manaus, Rodrigo Guedes, é criar uma Associação de Moradores para tentar dar, por meio judicial, o andamento da obra, ou recuperar o valor investido. Ele também disse que vai inscrever os moradores na recuperação judicial da empresa, o que será feito via Procon. “Vamos inscrevê-los na recuperação judicial da empresa, para garantir os direitos dos credores, onde a justiça fará um levantamento de todos os bens da empresa para ressarcir os clientes lesados”.