O juiz da 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Lucas Couto Bezerra, acaba de informar que será adiado, “em razão da ausência de promotor de justiça designado”, o julgamento marcado para esta quarta-feira da Ação Penal de Competência do Júri n.° 0600369-90.2019.8.04.0001, que tem como réu, Joselito Pessoa Anselmo, acusado homicídio qualificado contra Edizandro Santos Louzada e Grasiano Monteiro Negreiros; e tentativa de homicídio contra Robson Almeida Rodrigues e Lurdenilson Lima de Paula, crime praticado no dia 5 de janeiro de 2019, na Rua Monte Horebe, Bairro Colônia Santo Antônio, em Manaus.
De acordo com o juiz, o “procurador-geral de Justiça não designou, até o presente momento, novo promotor de Justiça para realizar o Júri. Destarte, em razão da ausência de promotor designado, o Júri terá que ser redesignado”. No momento, ainda não há nova data definida.
O caso
O tenente responde o crime em liberdade, após ter a prisão preventiva revogada pelo juiz Mauro Antony em 2020. Durante uma briga dentro de um carro na Colônia Terra Nova, zona Norte, ele teria sacado a arma e atirado contra a cabeça do sargento Edizandro, que estava dirigindo o veículo. O outro tiro foi feito na cabeça do cabo Graziano.
Ainda no carro, o major Lurdenilson Lima de Paula, 40, também levou um tiro. Havia ainda um borracheiro, dentro do carro, que teria tido luta corporal com o tenente. O borracheiro conseguiu tomar a arma e, mesmo sendo baleado, saiu correndo. Os policiais e o borracheiro teriam saído de uma festa, onde beberam.
De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs), cinco pessoas estavam no veículo: quatro policiais e um homem civil. Dois morreram e os outros dois ficaram feridos. O tenente da PM, Joselito Pessoa Anselmo, que também estava no carro, foi preso em flagrante, suspeito de efetuar os disparos contra os companheiros. Naquele dia, a DEHS encontrou dentro do carro um balde com garrafas de bebidas alcoólicas e materiais de uso da polícia.(Portal Marcos Santos)
