A Câmara de Bioindústria deve apresentar dentro de 45 dias um estudo sobre a potencialidade de negócios em setores estratégicos da bioeconomia, como a industrialização de frutas e fibras. Coordenada pela Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), a câmara reúne representantes de órgãos públicos, entidades empresariais, técnicos e especialistas em segmentos prioritários de desenvolvimento do Estado.
Na abertura hoje, dia 3, dos trabalhos da câmara da bioindústria, o secretário de Estado de Planejamento, Jório Veiga, destacou a importância do alinhamento dos estudos já existentes na definição de um plano efetivo de execução dos projetos voltados para o aproveitamento dos recursos da biodiversidade do Estado.
Como exemplo, ele destacou a criação do polo agroindustrial de Rio Preto da Eva, que está em fase de estruturação e que prevê a instalação, no município, de um centro de industrialização de polpa de frutas, pescado, extratos naturais e fitoterápico, além de beneficiamento de madeira, móveis e mineração. “A ideia é agregar valor à produção do município. Vender produtos in natura já não atende as necessidades de expansão da economia local”. Para isso, detalhou o secretário, o projeto contempla a instalação de um centro de tecnologia de alimentos, cursos de capacitação e de extensão rural no município.
Estudos voltados para o aproveitamento do imenso potencial em fruticultura, piscicultura e olericultura, entre outras fontes, já estão disponíveis em várias instituições de pesquisa e tecnologia do Estado, como Ufam, Inpa, UEA e CBA. A necessidade agora é alinhar as várias soluções em favor de projetos específicos, defendeu o secretário.
“Atualmente, cerca de 80% da economia do Estado está ancorada na Zona Franca de Manaus”, destacou Veiga. Com a expansão da atividade econômica para as cidades do interior e o fortalecimento do polo industrial de Manaus, a meta, segundo ele, é reduzir essa dependência do distrito industrial para 35% nos próximos 20 anos.
Câmaras Setoriais – Instaladas em março de 2003, as Câmaras Setoriais buscam consolidar parcerias com o setor produtivo, com o objetivo de definir políticas industriais que estimulem o desenvolvimento econômico do Estado. As câmaras estão subdivididas em Câmaras da Indústria, Comércio e Serviços, Turismo, Micro e Pequenas Empresas, Agroindústria e Bioindústria.