O policial penal Jorge Guaranho, denunciado por invadir uma festa e matar Marcelo Arruda, em julho, já está no Complexo Médico Penal, em Pinhais. Segundo informado pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), o réu chegou à unidade prisional às 02h51 deste sábado(13).
“O réu foi transportado em ambulância e escoltado por equipes policiais do Setor de Operações Especiais (SOE), do Departamento de Polícia Penal do Paraná”, diz a nota enviada ao Terra.
Na sexta-feira, 12, a Justiça do Paraná revogou a prisão domiciliar do policial, após um documento apontar que o Complexo Médico Penal tem condições adequadas para receber Guaranho.
“O Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná, notadamente por seu Complexo Médico Penal, possui condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado com supervisão contínua, levando em consideração as informações do Relatório de Evolução Médica do paciente, bem como atesta que não há óbice estrutural para o recebimento do custodiado”, destaca na decisão o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
Relembre o caso
Na noite de 9 de julho, Jorge Guaranho, assumidamente apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi até a Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, onde ocorria a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda, decorada com as cores do Partido dos Trabalhadores (PT) e com fotos do ex-presidente Lula.
O policial penal chegou em um carro, com a esposa e o filho de três meses no banco de trás, tocando no rádio do veículo, em volume alto, uma música da campanha de Bolsonaro nas eleições de 2018 e gritando palavras como “Mito” e “Aqui é Bolsonaro”.
Após um desentendimento entre os dois, o bolsonarista saiu prometendo voltar para matar o petista, e cumpriu a promessa. Pouco tempo depois, chegou na festa atirando contra Arruda, que revidou e acertou até seis tiros no bolsonarista.
Após cair no chão, Guaranho também foi agredido com pelo menos 20 chutes de convidados, conforme imagens das câmeras de segurança do local. Essas pessoas estão sendo investigadas em um inquérito separado.
Desde o ocorrido, no início de julho, o bolsonarista estava internado em uma unidade de saúde de Foz do Iguaçu. Guaranho teve alta na quarta-feira, 11, do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, onde estava sob custódia policial, por estar em prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, por motivação fútil e por colocar em risco a vida das pessoas.
Após a alta, a Justiça concedeu prisão domiciliar a ele. Devido à decisão, o filho do petista divulgou uma nota em seu perfil do Instagram, em que expressou seu “total desapontamento” com a Justiça. Leonardo afirmou que, enquanto ele e os irmão não têm mais a presença do pai para comemorar o Dia dos Pais, Guaranho poderia celebrar a data ao lado da família em casa, mesmo sendo réu por homicídio(Fonte: Redação Terra)