O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou hoje, terça-feira (13), através de sua conta oficial no Twitter, que o general do Exército, Fernando Azevedo e Silva, será o ministro da Defesa no seu futuro governo, ele que atualmente, é assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, cargo que ocupa desde setembro.
Há uma semana, Bolsonaro havia anunciado o general Augusto Heleno como ministro da defesa , mas ele acabou sendo indicado para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Sendo assim, Azevedo e Silva assumirá o cargo a partir da posse do novo governo em 1º de janeiro. Antes de assumir a função de assessor de Toffoli, Azevedo era chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que hoje é ocupado pelo general Paulo Humberto.
O general é o sexto nome anunciado pelo presidente eleito para integrar sua equipe ministerial . Até o momento já foram definidos o general Augusto Heleno para o GSI, Marcos Pontes para a pasta da Ciência e Tecnologia, Paulo Guedes para o Ministério da Economia, o juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública e a deputada Tereza Cristina para a pasta da Agricultura.
No total, existem 29 ministérios, mas Bolsonaro disse querer reduzir para “algo em torno de 15”, apesar de já ter admitido publicamente um número de até 18. Com o anúncio de Azevedo e Silva para o ministério da Defesa, as pastas da Saúde, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente devem ser as próximas a serem anunciadas por Bolsonaro.
Conheça o novo ministro da Defesa de Bolsonaro
Fernando Azevedo e Silva nasceu na cidade do Rio de Janeiro e tornou-se aspirante a oficial de Infantaria em 14 de dezembro de 1976. Ele chegou ao posto de general do Exército em 2014, e passou para a reserva em 2018 se aposentando, portanto, com o cargo mais alto da carreira militar.
O general também já foi Presidente da Autoridade Pública Olímpica durante o governo de Dilma Rousseff (PT) e comandante Militar do Leste no Rio de Janeiro. Azevedo é da turma anterior à de Bolsonaro na academia de formação de oficiais. Eles já serviram juntos na Brigada Paraquedista e são amigos.
Em agosto, ainda como chefe do Estado Maior do Exército, Azevedo defendeu a “conciliação” e “tolerância” nas eleições 2018. Ele disse que os militares são “parte significativa da maioria do povo brasileiro que pretende usar o voto, a arma mais poderosa e legítima da democracia, para começar a superar a crise profunda em que estamos mergulhados.”
O general também afirmou que o trabalho dos militares não é reconhecido e se queixou dos salários que recebem. “Os constantes desafios a que as Forças Armadas vêm sendo submetidas, muitos deles alheios à nossa destinação principal, não têm recebido, das esferas competentes, o merecido reconhecimento, justo e digno, principalmente quanto ao orçamento e à remuneração do nosso pessoal” disse.
Com a escolha de um general, Bolsonaro mantém um oficial-general de quatro estrelas (topo da carreira) como ministro da defesa . O atual ministro do governo Temer é o também general Joaquim Silva e Luna.(iG)