Bolsonaro e as expectativas da sociedade sobre um novo Brasil – Por Osíris Silva

Economista Osíris Silva (AM)
Bolsonaro e a esposa Michele/PR

Correntes da sociedade ligadas à esquerda, ao petismo e a segmentos ideológicos radicais, fanáticos e retrógrados aparentemente julgam o presente momento político torcendo pelos russos. Contra os interesses da nação. Dito de outra forma: ocorreu no Brasil apenas uma mudança de governo. O rei morreu, viva o rei! Assumiu o poder novo grupo político representante da imensa maioria da sociedade que resolveu dar um basta no estado de aflição social, corrupção e retração econômica geradas nos últimos quinze anos, exatamente pelos sucessivos governos do PT.

Uma das afirmativas mais insanas que li de um leitor diz o seguinte: “Como todo medíocre, Jair Bolsonaro arrota ignorância como se fosse sabedoria. Mas, também como todo medíocre, no fundo, bem no fundo, ele suspeita que é medíocre. E busca desesperadamente a aprovação dos adultos. No momento, Bolsonaro está encantado por ter um intelectual ligado à Escola de Chicago dizendo a ele o quanto é especial. Um herói da Operação Lava Jato lhe tecendo elogios. E, principalmente, generais batendo continência ao capitão. Mas a realidade é implacável com as ilusões. Outra frase desatinada: “Nossa democracia corre riscos sérios com Bolsonaro”.

Ora, nada mais medíocre do que a mediocridade. Nada mais intolerante do que a intolerância, nada mais destrutivo do que o rancor, o despeito, o sentimento de frustração, a inveja. Na verdade, quem quebrou o país foi o PT, quem descontrolou as contas públicas e a Previdência foi o PT, quem implantou a maior quadrilha de assaltantes dos cofres públicos, quem engendrou os grandes e espúrios acertos com empreiteiras, governos cubano e africanos, como nunca antes na história deste país, foi o PT.

Portanto, no lugar de jogar contra, as esquerdas, esmagadoramente derrotadas pelo povo deveria estar analisando o evoluir da formação do governo Bolsonaro, a equipe montada, os planos de curto, médio e longo prazos, as medidas saneadoras, as reformas como elementos fundamentais para a estabilidade econômica. Não se pode avaliar o que ainda não ocorreu. Avaliação, em qualquer campo de atividade é um processo sistematizado de registro e apreciação de resultados obtidos em relação a metas estabelecidas previamente. Inexistindo a razão fundamental da avaliação, esta é falsa, má intencionada, negativista.

O negativismo, convém salientar, significa atitude de quem não acredita em nada nem em ninguém, é tido como “sempre do contra”, sempre diz não vai dar, não vai conseguir, não vai funcionar e se algo dá certo, essa pessoa diz daqui a pouco vai quebrar, já já vai parar, vai se arrepender. Antes de mais nada uma atitude burra, precipitada, radical. Por isso Nelson Rodrigues notabilizou-se por uma de suas frases mais contundentes ao afirmar que “a burrice é diferente da ignorância. A ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma força da natureza”.

Vamos pensar a respeito e torcer para o Brasil dar certo. É nossa obrigação como indivíduos que, membros de um Estado, usufruem de direitos civis e políticos por este garantidos. Não é possível que tantos cidadãos de elevada formação técnica, cultural e política venham que passaram a formar a equipe do governo Bolsonaro venham a cometer desatinos, como permitir que se repita o Mensalão, o Petrolão e os atos de de corrupção quase que generalizados cometidos em áreas estratégicas do Palácio do Planalto.

Enfim, os problemas mal resolvidos do PT são dos petistas, não dos brasileiros. Não se pode admitir que conveniências partidárias sectárias e hipócritas, alimentadas por dógmas fanáticos ideológicos se sobreponham aos interesses da sociedade. A vitória de Bolsonaro foi apenas um passo em torno da alternância de poder, um dos fundamentos mais importantes da democracia. Nada mais.

As oposições precisam ter isso em conta. Sair atirando indiscriminada e precipitadamente contra um governo ainda em implantação é jogar contra o Brasil. Mesmo do lado dos russos, no fim novamente perderão.(Osiris Silva é Economista, Consultor de Empresas, Escritor e Poeta – [email protected])

NR – Artigo publicado excepcionalmente hoje(04)