Fernando Diniz não é mais técnico da Seleção Brasileira. O treinador do Fluminense foi comunicado nesta sexta-feira, 5, sobre a decisão de Ednaldo Rodrigues, que reassumiu a presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) após liminar do mininistro Gilmar Mendes, do STF (Superior Tribunal Federal). A informação foi divulgada inicialmente pelo ge e confirmada pelo Terra.
Dorival Júnior, treinador do São Paulo, é o favorito para assumir o o cargo. A reportagem apurou que o técnico campeão da Copa do Brasil com o clube do Morumbi não vai recusar o convite caso ele realmente aconteça. O clima no time paulista é de pessimismo sobre uma continuidade do trabalho que é muito bem avaliado.
Na semana passada, o italiano Carlo Ancelotti, primeira opção de Ednaldo, renovou o seu contrato com o Real Madrid até 2026. Ele declarou que chegou a conversar com o dirigente brasileiro, mas que seu desejo sempre foi permanecer no clube espanhol.
Diniz foi anunciado em julho do ano passado com contrato por 12 meses. Na época, a CBF evitou dizer que era um ‘técnico tampão’ enquanto Ancelotti não chegava. Ele ficou no comando da Seleção por seis meses, acumulando a função com o trabalho no Fluminense, e dirigiu o time nacional em seis partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026: vitórias contra Bolívia e Peru, derrotas para Uruguai, Colômbia e Argentina, além do empate com a Venezuela.
Crise na CBF
A confusão na CBF ganhou novo capítulo na quinta-feira, 4, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mender decidir pela recondução do presidente afastado Ednaldo Rodrigues ao cargo. A reviravolta acontece às vésperas de uma visita da Fifa e Conmebol à confederação para análise do imbróglio, marcada para a próxima segunda-feira, 8.
A decisão de Gilmar Mendes sucede uma série de conturbações políticas e futebolísticas que rondam a CBF, que vive bastidores caóticos desde o começo de 2023. Desde janeiro passado, sem um técnico titular e sob o controle de interinos, a Canarinho acumulou recordes negativos e quebrou tabus históricos, que culminou no fim de um ciclo de Eliminatórias na sexta colocação.
Já em dezembro, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu pelo afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação. Na ocasião, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi nomeado interventor da CBF pela 21ª Vara de Direito Privado do TJ-RJ.
Ainda nesta quinta, logo após a divulgação da decisão do magistrado da Suprema Corte, Ednaldo Rodrigues falou pela primeira vez como presidente restituído da CBF. À Veja, o cartola comentou sobre os próximos passos à frente da entidade, o vislumbre de um comando técnico definitivo para a Seleção Brasileira e seu próprio futuro na política desportiva.(Redação do Terra)