Nesta quinta-feira (20), o rio Negro atingiu a marca de 29,81 metros, ultrapassando a segunda maior enchente da história, registrada em 2009, quando o rio chegou a 29,77m.
Para chegar ao recorde de maior enchente dos últimos 100 anos, de 2012, as águas teriam que subir mais 16cm. Nas últimas 24h, o Negro encheu mais 4 centímetros. O mês de abril significou um aumento na corrida das águas, subindo 1,75m, em 2021, contra 1,53m em 2012, uma diferença de 22cm.
A água já alcança a Praça do Relógio, um dos pontos turísticos do Centro da cidade. A enchente também afeta a Alfândega de Manaus, um edifício construído na primeira década do século XX e que hoje faz parte do Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus, tombado como patrimônio histórico.
Maiores cheias do Rio Negro:
2012 – 29,97m
2021 – 29,81m
2009 – 29,77m
2021 – 29,72 m
1953 – 29,69 m 2015 – 29,66m
1976 – 29,61m
2014 – 29,50m
1989 – 29,42m
2019 – 29,42m
Cheia
Hoje, o rio está a apenas 16cm da marca histórica da enchente recorde, registrada em 2012, quando atingiu 29,97. Em 2020, o rio encheu até o dia 29 de maio e este ano, se continuar até a mesma data, pode passar dos 30m.
A “cota 30” é um tabu histórico e marco da construção civil – as edificações às margens dos rios são construídas acima do ponto onde o rio atingiria se chegasse aos 30 metros. As águas já ultrapassaram a cota de inundação severa, de 29m, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Quando isso ocorre (as águas atingem a cota de inundação), significa que alguns bairros da capital começam a alagar. Ao menos 15 pontos e 5 mil famílias estão sendo monitorados.
Cota atual: 29,72m Cota de inundação: 27,50m Cota de inundação severa: 29m Cota prevista em 2021: 30,35m Maior cheia 2012: 29,97m(Portal Marcos Santos)