Os parlamentares lamentaram a situação de calamidade em que se encontra o país vizinho, fazendo com que seu povo precise procurar outros lugares para viver e se comprometeram a buscar junto aos poderes, uma solução para a questão dos venezuelanos que vivem na capital amazonense, em especial os que chegaram mais recentemente e estão fora dos abrigos já construídos pelo poder público.
O vereador Ewerton Wanderley (PHS), que é médico, destacou que a crise na Venezuela já impacta profundamente a cidade de Manaus. Ele disse que atende diariamente em seus plantões na rede pública de saúde, mais imigrantes venezuelanos do que moradores locais. “Repudio de todas as formas, o que está acontecendo no país vizinho”, disse o parlamentar.
Segundo Ewerton Wanderley, os venezuelanos são mais vulneráveis as doenças respiratórias, típicas do período de verão amazônico, quando é mais propícia a proliferação dessas doenças, tanto as de veiculação hídrica quanto as que afetam as vias respiratórias. “Ano passado, tivemos a epidemia de sarampo e, esse ano, estamos com índices elevados de gripes e resfriados. Se não forem adotadas medidas protetivas, poderemos ter sérios problemas de saúde em Manaus”, afirmou Wanderley.
O presidente da CMM, Joelson Silva (PSDB), lamentou que as carretas carregadas de alimentos enviadas a Venezuela pelos governos Brasileiro, Americano e Colombiano, no final de semana, tenham sido incendiadas. “Muitas pessoas precisando desses alimentos e tudo virou cinzas. Isso é desumano. Só nos resta repudiar esse tipo de atitude e torcer para que essa situação se resolva, o mais rápido possível, sem mais derramamento de sangue”, afirmou Joelson Silva.
O vereador Mauro Teixeira (Podemos) criticou o governo da Venezuela. Segundo ele, o presidente Nicolas Maduro é o principal culpado pela migração dos venezuelanos que vieram para o Brasil, fugindo da fome em seu país. “Toda essa fome e miséria na Venezuela, é causada por esse ditador. Isso ocasiona um êxodo para o Amazonas. O que mais vemos hoje, são muitas pessoas espalhadas pelas ruas de Manaus, nos semáforos, com crianças, vivendo em situação de mendicância”.
Dados da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc) indicam que hoje 240 venezuelanos estão acampados na área do Terminal Rodoviário de Manaus. Desse total, 60 são da etnia Warao e 180 não indígenas.