O Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Amazonas, reuniu órgãos estaduais para alinhar o planejamento das ações que serão executadas em auxílio aos municípios que deverão ser afetados pela cheia dos rios neste ano. Na reunião, foi discutida a disponibilidade de servidores para a força-tarefa e definida visitas de técnicos a municípios das calhas do Juruá, Purus e Madeira.
Participaram da reunião, coordenada pelo secretário executivo da Defesa Civil do Estado, coronel Francisco Ferreira Máximo Filho, representantes das Secretarias de Assistência Social; Justiça e Cidadania; Saúde; Meio Ambiente; Infraestrutura; Educação; Segurança; Produção Rural e demais órgãos do setor primário; além da Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary da Costa Pinto (FVS-RCP); Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS); Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem); e Casa Militar.
O plano de ação da Operação Enchente 2022 foi lançado pelo governador Wilson Lima no dia 27 de dezembro do ano passado, após avaliação de dados hidroclimatológicos que apontam risco de cheia acima da normalidade nos rios do estado.
A reunião de alinhamento faz parte da primeira fase do plano de ação e tem como objetivo definir a estrutura operacional e ações integradas para enfrentamento da cheia, atendendo milhares de famílias do Amazonas com ajuda humanitária, ações sociais e de saúde, garantia da segurança alimentar e apoio para recuperação das atividades produtivas.
De acordo com a Defesa Civil do Estado, o processo de enchente e vazante dos rios da bacia amazônica é natural, cíclico e sazonal no estado do Amazonas. Nesses períodos, o trabalho da Defesa Civil é permanente, no monitoramento de dados, difusão de informações, assessoramento e orientação de prefeituras e da população de um modo geral.
Panorama atual – De acordo com a Defesa Civil do Estado, os boletins hidrometeriológicos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) indicam que os rios nos municípios de Manaus (baixo rio Negro), Manacapuru (baixo rio Solimões), Itacoatiara (médio rio Amazonas) e Parintins (baixo rio Amazonas) seguem em processo natural de enchente, mas com níveis acima do esperado para o atual período do ano.
Na calha do rio Negro, em Manaus, onde a maior enchente registrada foi em 2021, a estação de coleta de dados (Cód. da Est. Nº 14990000) registrou na data de hoje (10/01/2022) o nível de 24,37m. Na mesma data em 2021, ano da maior enchente na capital, foi registrado nível de 22,38 m (1,99 m abaixo da cota atual), segundo dados da Agência Nacional de Água (ANA).
Além de Manaus, o monitoramento do nível do rio na calha do rio Negro nas estações dos municípios de Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos aponta níveis também atípicos para o atual período do ano, segundo o CPRM.
Chuvas – O monitoramento aponta que houve uma redução no acumulado de chuva nos últimos dias principalmente à montante das principais calhas monitoradas, o que pode ter contribuído para o recuo no nível dos rios nos municípios de referência para o monitoramentom que são: Tabatinga (calha do alto Solimões), Guajará (calha do Juruá), Boca do Acre (calha do Purus) e Humaitá (calha do Madeira).