Encontro internacional de Bioeconomia encerra firmando rede colaborativa para a Amazônia

Foto: GERSON FREITAS

No segundo e último dia do 1º Encontro de Bioeconomia e Sociobiodiversidade na Amazônia, realizado nesta quarta-feira (13), na Escola Superior de Ciência da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA), instituições participantes do evento assinaram a Carta de Intenções para criar alternativas inovadoras visando o desenvolvimento da Amazônia e do Brasil, por meio de pesquisas, novas tecnologias e estratégias para a valorização e proteção do ecossistema.

O compromisso tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população amazônica dentro dos princípios básicos da Bioeconomia: ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo, conciliando o desenvolvimento econômico com a responsabilidade social e ambiental. Além disso, foi apresentada a estrutura da Rainforest Business School – primeira escola de negócio da Amazônia, que será inaugurada em março do próximo ano na UEA.

“Esse é um cenário de colaboração e cooperação cientifica internacional. Isso é muito importante para a escola de negócios. Estaremos somando experiência com programas já existentes. O Governo do Amazonas reafirmou compromisso nesta rede colaborativa para entender estratégias para a Amazônia até 2030. Estamos todos nesse panorama envolvidos no desenho importante de realmente construir soluções para a Bioeconomia para os próximos dez anos. E a escola vem neste sentido de fortalecer e colaborar com esse sistema”, enfatizou o reitor da UEA, Cleinaldo Costa.

Sobre a Amazônia 4.0, Cleinaldo destacou a importância de fortalecer as cadeias produtivas e empoderar as populações para transformar a Bioeconomia uma das matrizes econômicas do Amazonas.

“A UEA avança neste cenário no momento que discutiu conciliar a pesquisa para os indígenas. Essa população acabava o ensino médio e não tinham outra opção de aprimoramento do conhecimento. A UEA conseguiu formatar um curso de graduação em Agroecologia exclusivamente para essa comunidade. A nossa ideia é fortalecer agora a Pós-graduação para geração de emprego e renda aos indígenas”, salientou.

Também foram discutidos temas, tais como: Amazônia 4.0; Pesquisa, inovação tecnológica e incubação de negócios; Desenvolvimento e visão do futuro; A nova economia do clima; Estudo sobre o desenvolvimento da Amazônia; Mudanças climáticas: desafios e oportunidades. Por fim, workshops debateram sobre ervas medicinais, aromáticas, condimentares, azeites e chás especiais do Brasil, além de diálogos da sociobiodiversidade e encaminhamentos do plano estratégico para a Bioeconomia do Amazonas.

O evento foi idealizado pelo GreenRio, com apoio da UEA, Governo do Amazonas, cooperação da Alemanha, GIZ, projeto Mercados verdes e consumo sustentáveis, WWF e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteciment