Na manhã de ontem, quinta-feira (17), uma comitiva constituída por executivos do conglomerado de empresas chinês Citic, que opera em diversos segmentos econômicos, reuniu-se com secretários de Estado do Governo do Amazonas para avaliar o cenário de investimento na exploração do potássio no município de Autazes, localizado a 107 km de Manaus.
No encontro, do qual participaram os secretários de Fazenda (Sefaz-AM), do Planejamento (Seplancti), do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), foram discutidos os principais pontos para a implantação de uma mina cujo tempo de vida útil está estimado em pelo menos 30 anos e que deverá movimentar a economia do município, que possui cerca de 38 mil habitantes conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017.
A empresa, que opera internacionalmente nos segmentos de Serviços Financeiros, Recursos Naturais, Agronegócio, Energia, Engenharia, Construção Civil, Manufatura, Telecomunicações e Imobiliário, vislumbra, no Amazonas, um grande potencial de desenvolvimento do setor de Potássio, um dos componentes de fertilizante agrícola, porque o Estado possui a maior reserva do País, estimada em um bilhão de toneladas.
Licenciamento ambiental – O presidente do Ipaam, Juliano Valente, ressaltou a questão do licenciamento ambiental, que, para os investidores, é de suma importância. “Já temos um processo de licenciamento, no qual a análise já foi concluída. E dessa análise, dois pontos são importantes: acompanhar a execução dos planos e programas de mitigação dos impactos socioambientais e definir as áreas onde serão implantados os recursos da compensação ambiental”, ressaltou.
Novas matrizes econômicas – O secretário de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jório Veiga, salientou que o governador Wilson Lima determinou a prospecção de novas matrizes econômicas em consonância com as diretrizes do Governo Federal. “Estivemos, em Brasília, e o ministro Paulo Guedes sinalizou que o Amazonas tem aval do Governo Federal para estudar novas cadeias produtivas para promover o desenvolvimento regional”, enfatizou.
Uma das propostas apresentadas foi a estruturação de um grupo de trabalho composto por técnicos do Governo do Amazonas, que terá como encargo o levantamento das questões fiscal, tributária, ambiental e obrigações legais para identificar os caminhos mais eficientes para o cumprimento das regras brasileiras em consonância com os interesses da empresa, que pretende começar a investir na extração do potássio de Autazes ainda em 2019.