O gás natural chegou a novas indústrias no ano de 2020, chegando a 56 empreendimentos industriais atendidos pela rede de distribuição de gás natural no Amazonas. PCE, PAM Plásticos e Argamassa João de Barro se juntaram a empresas como Moto Honda, Samsung, Ambev, entre outras dezenas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Elas são beneficiadas pelo combustível com uma das tarifas mais competitivas do Brasil, de acordo com boletim de abril do Ministério de Minas e Energia.
Conforme a quarta edição do Boletim de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural, referente ao mês de abril deste ano, a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) apresentou a segunda menor tarifa do país no segmento industrial. Para as indústrias do PIM, que utilizam o gás natural em diferentes processos, como geração de vapor, aquecimento, secagem e outros, a economia pode atingir 45%, na comparação com o combustível anteriormente utilizado por essas empresas.
Presente em praticamente todas as vias do Distrito Industrial de Manaus, a rede de distribuição de gás natural possui 137 quilômetros de extensão, permitindo que cada vez mais industrias possam se beneficiar das vantagens do gás natural. Neste ano, até junho, foram distribuídos em média diária mais de 112 mil metros cúbicos de gás natural, um crescimento de 14% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Entre as 183 empresas no cadastro da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com potencial de consumo de gás natural, 30% já foram atendidas pela Cigás. Estas, no entanto, são responsáveis por 74% de todo o volume médio diário demandado no segmento, segundo levantamento da Companhia.
“O gás natural já supre uma parcela significativa da demanda no setor industrial do Amazonas”, destacou o diretor técnico e comercial da Cigás, Clovis Correia Junior.
Clovis observa que a matriz industrial do Amazonas é composta por empresas que consomem relativamente pouco volume de gás natural, em comparação com o perfil industrial de outros estados.
“Não há em nossa região indústrias que demandam uma grande quantidade de energia térmica, como petroquímicas, siderúrgicas, segmento têxtil, vidreira, dentre outras. Por isso a Cigás, através de orientação do Governo do Estado, está em processo de contratação de uma consultoria com o objetivo de mapear e prospectar para o Amazonas novas indústrias com potencial de consumo de gás”, revelou.
Segundo o Boletim Energético Nacional de 2019, os setores de química, cerâmica branca e ferro foram os que mais consumiram gás natural no Brasil em 2018, ultrapassando 50% da demanda total. “Acreditamos nesse trabalho voltado aos novos negócios com potencial energético como fator de desenvolvimento do estado”, complementou o diretor.