
Especialistas alertam que eventos de grande porte, como o carnaval, podem facilitar a disseminação de doenças respiratórias, incluindo a covid-19.
“As aglomerações e o comportamento social devido às festas podem aumentar a transmissão. Vários fatores entram em conjunção para esse aumento do risco, como a proximidade física em pequenos espaços e o aumento do contato direto, como beijos, abraços e apertos de mão”, alerta o infectologista César Omar.
De acordo com o médico, estudos comprovam que, após o carnaval, há aumento de pessoas infectadas. “No painel do Ministério da Saúde, esse aumento ocorreu em anos anteriores”, completa.
Sintomas
Atualmente, os sintomas da covid-19, com a maior parte das pessoas vacinadas, têm se confundido muito com sintomas de resfriado e gripe, afirma César.
“Os sintomas mais frequentes costumam ser febre, tosse seca, cansaço que pode ser intenso, perda de olfato e paladar, dor de garganta, mal-estar com dores musculares, dor de cabeça, congestão nasal e coriza. Casos mais graves evoluem com falta de ar e necessidade de oxigênio, o que indica necessidade de atendimento de urgência”, esclarece.
Vacina
A diferenciação da covid-19 de outras doenças respiratórias comuns é uma tarefa desafiadora nos primeiros dias de sintomas.
“De qualquer forma, várias dessas doenças respiratórias podem ser transmissíveis. Por isso, existe a orientação de ficar em casa para qualquer pessoa que tenha sintomas de alguma infecção respiratória”, salienta.
Outras doenças comuns podem se diferenciar por não ter febre, caso da rinite alérgica, ou ter febre baixa como nos resfriados. “A diminuição ou perda de olfato e paladar é um dos sinais que melhor caracterizam a covid-19”, aponta o infectologista.
Prevenção
Em nota, a Secretaria de Saúde informa que a prevenção contra a covdi-19 e outras doenças respiratórias deve ser uma preocupação constante ao longo do ano. De acordo com a pasta, durante o período de carnaval, é essencial reforçar os cuidados para minimizar os riscos de transmissão e preservar a saúde coletiva. Entre as medidas recomendadas, a secretaria destaca a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.
“Escolher ambientes ventilados também contribui para reduzir o risco de contágio, sendo preferível optar por locais ao ar livre sempre que possível”, completa a nota.
Máscaras
Cesar Omar orienta que o uso adequado de máscaras, principalmente em situações onde o distanciamento social não é possível, como no transporte público; a higiene das mãos frequente, seja com sabão ou álcool em gel; e o distanciamento social sempre que possível são formas de evitar o vírus.
“É importante evitar o compartilhamento de objetos, como copos, talheres e garrafas. Faz parte também dessas medidas o monitoramento de sintomas respiratórios e de febre, assim como a testagem quando houver suspeita da doença, para possibilitar o isolamento e evitar a transmissão da covid-19”, orienta.
Imunização
O infectologista explica que graças a múltiplos estudos, comprovou-se que a vacinação é a ferramenta mais importante na prevenção da covid-19.
“A vacinação com esquemas completos tem se demonstrado segura e eficaz, principalmente para diminuir os casos de doença grave que levam à hospitalização, sequelas e à morte dos pacientes”, destaca.
A Secretaria de Saúde reforça que é indispensável manter o esquema vacinal atualizado. “Caso apresente sintomas, como febre, tosse, coriza ou dor de garganta, é recomendável evitar contato próximo com outras pessoas e buscar atendimento médico. Adotar essas precauções permite que a população aproveite as festividades carnavalescas com mais segurança, protegendo a própria saúde e contribuindo para o bem-estar coletivo”, orienta.
A população pode se vacinar nas salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). As crianças devem estar acompanhadas pelos pais ou responsáveis.(Portal Marcos Santos/LR Notícias)