GERAL/No principal congresso sobre filantropia da América Latina, AMAZ defende BIOECONOMIA como caminho para o enfrentamento a desigualdades e emergências climáticas

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A AMAZ Aceleradora de Impacto coordenada pelo Idesam vai estar no 13º Congresso do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), o principal evento sobre filantropia da América Latina, que neste ano recebe 185 palestrantes, especialistas e lideranças do setor, organizações da sociedade civil e representantes de governo em mais de 30 atividades.

A programação começa nesta quarta-feira (7) e se estende até a sexta-feira (9) com o tema “Desconcentrar: poder, conhecimento e riquezas”.

Gabriela Santos, representante de Novos Negócios do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), será o nome da AMAZ no evento. Ela contribuirá no painel “O Valor da Floresta em Pé: Bioeconomia e um Novo Paradigma de Desenvolvimento para Pessoas, Clima e a Natureza”, que vai acontecer na sexta-feira, dia 9, das 9h às 10h30.

“A pauta de Bioeconomia ainda é emergente no setor [da filantropia]. Em ano de COP30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima], onde todos os olhares se dirigem à Amazônia, nossa participação é de grande importância para, primeiramente, ocuparmos estes espaços, trazendo luz à emergência climática para além de atuações de adaptação, mas como um chamado à mitigação. O que podemos fazer hoje para apoiar e fortalecer organizações que já estão atuando em territórios essenciais para a manutenção de nossas riquezas ambientais, sociais e culturais na Amazônia”, explica a líder de operações da Amaz.

O painel foi pensado conjuntamente pelo Instituto Arapyaú e o Instituto Clima e Sociedade (iCS), a fim de transparecer a realidade do território amazônico e como é possível se engajar para além do eixo Sul-Sudeste.

Nele também estarão presentes outros especialistas que atuam na região: Cleiciane Marques, ribeirinha, mobilizadora do Coletivo da Castanha e analista executiva do Fundo Iratapuru; Braulina Baniwa, pesquisadora indígena de sociobioeconomia na Amazônia e coautora da publicação “Bioeconomia indígena: saberes ancestrais e tecnologias sociais”; Hélia Félix, agricultora e responsável técnica da fábrica de chocolates Cacauway; e Débora Passos, gerente de Gestão de Projetos e Planejamento Estratégico no Instituto Arapyaú.

Programação

Durante os três dias, a programação incluirá debates, painéis e trocas de experiências. Entre os temas abordados estão: bioeconomia e comunidades tradicionais, reforma tributária e ISP, filantropia colaborativa e sistemas alimentares, educação plural, uso ético da Inteligência Artificial (IA), poder das Big Techs e protagonismo da juventude.

Uma das principais personalidades convidadas para o Congresso, a ativista, cineasta e filantropa Abigail Disney falou na plenária de abertura “Conjuntura internacional e contexto Brasil – afinal, que país queremos?”. Com 64 anos de idade, Abigail herdou, aos 21, uma fortuna de 10 milhões de dólares deixada pelo tio-avô Walt Disney. Estima-se que, de um patrimônio atual na casa de 500 milhões de dólares, ela tenha doado mais de 70 milhões de dólares para causas relacionadas com mulheres em situação de vulnerabilidade.

Destacando a importância das mulheres na sociedade e na filantropia, Abigail afirmou que o Investimento Social Privado pode, de forma estruturada e coordenada, “mudar a realidade de um país”, juntamente com a capilaridade das ações governamentais. Ela também enfatizou que para haver “desconcentração de riqueza e sabedoria”, o poder não pode ser limitado apenas àqueles que têm recursos. “Que tal se todos nós escolhermos viver tendo a mesma importância?”, refletiu.(Fonte: Maxi Mídia)