Governador Wilson Lima anuncia criação de Central de Segurança Alimentar

Wilso Lima anuncia a criação da Central de Alimentos, para fortalecer o trabalho do Governo no AM/Fotos>Diego Peres

O governador Wilson Lima anunciou, nesta terça-feira (03/11), a criação de uma central de distribuição de alimentos para apoiar o trabalho do Governo do Amazonas junto às famílias em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. O anúncio foi feito na sede da Secretaria de Produção Rural (Sepror), no bairro Japiim, zona sul de Manaus, durante a assinatura da lei que instituiu o Programa Estadual de Combate e Prevenção ao Desperdício e à Perda de Alimentos.

No evento, o governador reforçou o compromisso em ampliar a parceria entre o Estado e as instituições sociais que atuam para reduzir a insegurança nutricional no Amazonas.

“O Estado do Amazonas vai criar a sua Central de Segurança Alimentar, a sua central de distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O dinheiro, que é do Governo do Federal, já está em conta para que a gente possa fazer as implementações. Nos próximos meses começa o processo licitatório, a gente já vai providenciar terreno, caminhões, câmaras frigoríficas, e esse espaço servirá também para armazenagem desse produto, para seleção desse alimento e, consequentemente, a sua distribuição”, afirmou Wilson Lima.

O Programa Estadual de Combate e Prevenção ao Desperdício e à Perda de Alimentos, que na prática existe desde março de 2019, já arrecadou aproximadamente 100 toneladas de alimentos em quatro feiras da capital, beneficiando 70 mil famílias.

“Com a lei agora sancionada pelo governador Wilson Lima, nós teremos segurança jurídica para que não só os feirantes da capital possam fazer a doação, mas também para que supermercados, mercadinhos e aquelas pessoas jurídicas que trabalham com alimentos possam também buscar o nosso programa e assim ajudar aquelas pessoas que mais precisam”, destacou o secretário de Produção Rural, Petrucio Magalhães Jr.

Fortalecimento – Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 54% do desperdício de alimentos no mundo ocorre na fase inicial da produção, enquanto os outros 46% ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo.

De acordo com dados da Sepror, cerca de 90 toneladas de frutas e verduras são desperdiçadas mensalmente nas feiras de Manaus. Somente no pico da pandemia, entre os meses de abril, maio e junho deste ano, o Programa Estadual de Combate e Prevenção ao Desperdício e à Perda de Alimentos coletou 16 toneladas de produtos em feiras da capital.

“A gente não pode mais continuar vivendo nesse contrassenso de desperdício tão significativo enquanto pessoas ainda estão em situação de vulnerabilidade social. Então, hoje é mais um passo importante que nós damos nesse combate à fome no estado do Amazonas”, frisou o governador.

Os alimentos arrecadados são armazenados nos caminhões da Sepror e encaminhados para o Sesc Balneário, no bairro Alvorada, onde funciona o projeto Mesa Brasil. Lá é feita a triagem e a distribuição para as instituições filantrópicas cadastradas no banco de dados do programa.

Entregas – Na solenidade desta terça-feira, seis instituições que fazem parte do programa foram beneficiadas com alimentos coletados nas feiras e também adquiridos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Entre elas estavam: Igreja Batista Vitória da Fé, Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Manaus, Instituto Criarte do Amazonas, Casa de Apoio à Criança, Desafio Jovem de Manaus e Instituto Autismo no Amazonas.

Integração – Ainda na sede da Sepror, o governador fez um discurso de boas-vindas aos 146 aprovados no Processo Seletivo Simplificado (PSS) realizado pela Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social (Aadesam), no mês de agosto, para apoiar o projeto Produção Sustentável.
Os profissionais, entre eles agrônomos, engenheiros florestais e analistas técnicos, atuarão na capital e no interior em ações de fomento e estímulo à produção rural sustentável junto a agricultores familiares, empresários do setor, pescadores, extrativistas, entidades, entre outros.