O segundo dia da 5ª Semana de Integração da Segurança Pública reuniu representantes do sistema de segurança, que, em conjunto com a população amazonense, realizaram a primeira audiência pública para tratar da construção do plano estadual de Segurança Pública, evento ocorrido na manhã de ontem, terça-feira (09), no Centro de Convenções Vasco Vasques, localizado na avenida Constantino Nery, em Manaus
Durante a audiência, cerca de 40 amazonenses expressaram suas opiniões sobre o que é necessário para a segurança dos bairros e comunidades. A Ouvidoria Geral do Sistema de Segurança Pública também recebeu denúncias, críticas e sugestões por escrito em seu estande.
As sugestões colhidas durante a audiência serão incorporadas aos pareceres técnicos feitos por especialistas e membros do sistema de segurança e servirão de base para a formulação do Plano. Uma versão preliminar do documento será concluída no final do mês. A expectativa é que o Plano comece a ser implementado no segundo semestre deste ano.
Ouvindo a população – Para o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, o diferencial deste evento é a audiência pública, onde se pôde ouvir a população, que é o principal interessado com as ações do sistema.
“Já conversei com alguns líderes comunitários, tem algumas demandas dos seus bairros, nós vamos ouvir, pois isso vai facilitar bastante o nosso trabalho. É importante levar aos governantes, não só estadual, mas municipal também, a correção desses erros. Vai nos ajudar a não dispersar os meios que temos, vamos trabalhar em cima daquilo que a população realmente está precisando”, garantiu.
Fases – Segundo o secretário executivo adjunto de Planejamento e Gestão Integrada da SSP-AM, coronel Gilberto Gouvêa, a audiência pública é uma parte do processo do plano estadual de segurança pública.
“Nós estamos avançando na construção do plano estadual de segurança pública. Com os técnicos, nós já realizamos um diagnóstico preliminar e nós precisamos ouvir o principal interessado nesse plano, que é o cidadão amazonense. Depois vamos para terceira fase, que é apresentar programas, projetos e ações para o Governo do Estado, consolidando o plano estadual com o plano nacional de segurança pública, e certamente um deles é a polícia comunitária, que será um dos pilares do plano estadual”, afirmou.
Adolescentes – A vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Zona Leste, Auriane Aguiar, que foi uma das comunitárias a falar durante a audiência, disse que uma das principais demandas é integrar os adolescentes, que são alvos de traficantes, para trabalhar dentro das delegacias, transformando-os em aprendizes administrativos, a fim de tirá-los da situação de vulnerabilidade e aproximá-los da polícia.
A cirurgiã dentista, Rosália Angelim, moradora do Parque Dez, disse que é preciso garantir a segurança da população e dos policiais. Ela também disse que espera mais interação entre as associações comunitárias e a polícia. “Nós precisamos interagir, buscar subsídio para minha segurança como cidadã, mas também para o policial”, comentou.