A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), do Governo do Amazonas, lançou hoje, terça-feira (18), editais e resoluções que somam investimento de R$ 47.937.642,00 neste primeiro semestre de 2020, cujo aporte vai amparar oito programas para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&Ï) no Estado, tanto na capital quanto no interior, e aumentar o número de bolsistas de mestrado e doutorado.
Nesta iniciativa, além dos programas na linha de Formação Sustentável de Recursos Humanos para CT&I – como o Programa Ciência na Escola (PCE), o Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic) e o Programa Institucional de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad) -, a Fapeam oferece novas oportunidades, com foco em áreas estratégicas para o desenvolvimento socioambiental e que vão contribuir para a fixação de mestres e doutores no interior do Estado.
O vice-governador do Estado, Carlos Almeida, destacou que os investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação permitem a melhor aplicação de recursos públicos. “Esse é um momento ímpar. Nós entendemos que a pauta de pesquisa é essencial para o trabalho de gestão. Precisamos de dados específicos para investir e atuar melhor. Fazer pesquisa é importante e para o acadêmico que escolhe uma linha de pesquisa para trabalhar, encontrar o apoio do Estado é essencial. Pesquisa é essencial para o desenvolvimento e aplicação adequada de recursos”, pontuou Almeida.
Os investimentos do Governo do Estado para primeiro semestre são uma continuação do trabalho desenvolvido em 2019, de acordo com a presidente da Fapeam, Marcia Perales. Número acima da média dos anos anteriores. “Desde janeiro de 2019 o Governo do Estado reposicionou a área de Ciência Tecnologia e Inovação como estratégia para o desenvolvimento do Amazonas. Isso possibilitou a retomada de investimentos. A média de investimentos anual pela Fapeam, de 2015 a 2018, não ultrapassava R$ 50 milhões. Ano passado conseguimos executar mais de R$ 77 milhões. É uma conquista da sociedade, da comunidade acadêmica a forma que essa gestão compreende e valoriza a Ciência e Tecnologia e Inovação. Todos ganham com isso”, afirmou a presidente da instituição.
Programas – Os programas ofertados são ações estratégicas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), alinhadas ao Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, às diretrizes da Agenda 2030 Brasil e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam investimentos em áreas de extrema relevância para a humanidade e para o planeta.
Entre eles, o Posgrad, o Painter e o Fapesp-Fapeam. O primeiro, pelo aumento de 49% na oferta de bolsas para estudantes de mestrado e doutorado em relação à edição do ano passado, saltando de 625 para 934 bolsas de estudo concedidas. Os valores variam entre R$ 1,6 mil e R$ 2,4 mil, de acordo com a qualificação do pesquisador, e permitem a dedicação exclusiva à pesquisa.
Já o Painter, que será oferecido pela primeira vez, promove a interiorização de atividades de pesquisa aplicada e inovação tecnológica, por meio de indução em áreas estratégica. Entre elas, a bioeconomia para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Estado, com a finalidade de aplicação de seus resultados no interior.
Parceria – Outra novidade é o Fapesp-Fapeam, resultado de parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para estimular a colaboração entre pesquisadores do Amazonas e de São Paulo. O programa vai financiar projetos colaborativos que contribuam para o avanço do conhecimento científico e tecnológico nos dois estados e na Amazônia, voltados para três áreas temáticas: meio ambiente, desenvolvimento econômico e Amazonas e suas fronteiras.
“Já há uma enorme colaboração entre São Paulo e Amazonas, e procuramos fortalecer essa operação, pois metade da produção científica do Brasil é feita com pesquisadores de dois estados diferentes”, explicou o presidente da Fapesp, Carlos Américo. “Tem muita colaboração e nós procuramos fazer um edital, uma chamada para estimular pesquisas na área ambiental, mas também na área de desenvolvimento econômico e políticas públicas”, completou.
Bolsistas – O professor Emerson Lima, doutor em Farmácia e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), esteve no lançamento dos editais e resoluções para conhecer os novos programas da Fapeam. Com orientandos de iniciação científica, mestrado e doutorado, Lima ressalta a importância da bolsa de estudos no desenvolvimento da Ciência.
“É fundamental o fomento das bolsas para os alunos. Na área em que eu trabalho o aluno praticamente tem uma dedicação exclusiva dentro do laboratório e ele precisa ter uma fonte de recursos pra ele se manter trabalhando. A Fapeam tem tido um trabalho fundamental no fomento, principalmente das bolsas dos alunos na iniciação cientifica, mestrado e doutorado. Com o financiamento conseguimos alocar os alunos que complementam o trabalho nos projeto”, explicou o professor, que hoje orienta 12 alunos de várias áreas e desenvolve um bioativo para o estudo de doenças crônicas como diabetes, obesidade e câncer.