O Governo do Amazonas expressa seu profundo pesar pelo falecimento de José Aldemir de Oliveira, que foi reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Ele estava em tratamento contra um câncer em Portugal e retornou no mês passado para Manaus, onde faleceu vítima de um infarto na noite desta quinta-feira (21).
O Governo lamenta a perda irreparável e se solidariza com familiares e amigos do professor, fazendo votos que encontrem forças para transformar toda dor em fé e esperança. O velório segue até 14h30 desta sexta-feira (22), na funerária Canaã, localizada na avenida Major Gabriel, bairro Praça 14 de Janeiro. O sepultamento será no Cemitério Tarumã.
Além de uma respeitável carreira científica e da atuação destacada na formação de universitários e estudantes de diferentes gerações, José Aldemir teve um papel importante na criação da Fapeam, à frente da qual permaneceu por dois anos e meio. Também esteve à frente da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas, de 2007 a 2009. Foi reitor da UEA no período de 2010 a 2011.
José Aldemir teve a Amazônia como grande foco de sua carreira acadêmica, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento regional. Dai resultaram obras e estudos como “Cidades na selva” (2000), que teve como base seus estudos realizados no doutorado, e “Manaus, de 1920-1967: a cidade doce e dura em excesso” (2003).
Biografia – Natural do Alto Careiro, José Aldemir formou-se em Geografia e dedicou-se ao magistério a partir de 1976. Ingressou na Universidade Federal do Amazonas em 1985, como professor colaborador e, três anos depois tornou-se professor titular da instituição. Era doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo.
Também atuou como professor nos cursos de pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia e em Geografia, ambos da Ufam, e era líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia (Nepecab). Ainda em 2019, lançou o livro “Manaus de dois rios, gentes e matas: literatura e geografia dos sentimentos”.
