Os Hospitais e Prontos-Socorros (HPS) 28 de Agosto e Platão Araújo realizaram na quinta-feira (10/12) o encerramento do projeto “Lean nas Emergências”. O projeto utiliza ferramentas aplicadas na indústria para melhorar o fluxo de pacientes nas emergências e evitar superlotação em hospitais e prontos-socorros, e alcançou redução de até 85% no tempo de permanência de pacientes nessas unidades.
O Lean nas Emergências é um projeto do Ministério da Saúde e foi implementado nas duas unidades e no HPS João Lúcio, por consultores do Hospital Sírio-Libanês. A reorganização da rede de urgência e emergência também é uma das ações trabalhadas pelo Programa “Saúde Amazonas”, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
Durante a reunião com os servidores dos hospitais, a secretária executiva adjunta de Atenção à Urgência e Emergência, Mônica Melo, ressaltou que a partir de agora cabe a cada unidade dar seguimento ao trabalho, com a manutenção das ferramentas que agregaram qualidade ao atendimento aos pacientes.
“Todos os resultados são frutos do trabalho de vocês. Contem com a SES-AM, e esperamos que a cada dia a qualificação do serviço de assistência esteja à frente da vontade de trabalho de vocês”, acrescentou Mônica Melo.
Com a aplicação das ferramentas do projeto, os três prontos-socorros da capital apresentaram quedas no tempo de permanência de pacientes de 32% a 85%.
Resultados – Esse paciente que teve o tempo de permanência no hospital reduzido é aquele com perfil sem muita gravidade, que mesmo não sendo de emergência, procuram os prontos-socorros.
O 28 de Agosto reduziu o tempo de atendimento desses pacientes em 72% (de 5,5 horas para 1,5 hora). O hospital atende por dia, em média, 400 pacientes.
Segundo a direção da unidade, 90% dos atendimentos são de “pacientes verticais”, denominação dada para aqueles que dão entrada no hospital sem dificuldade de locomoção, andando.
No Platão Araújo o tempo de atendimento caiu em 32% (7,5 horas para 5,1 horas). E no João Lúcio reduziu o tempo de permanência dos pacientes em 85%.
Antes, esse paciente, que não precisa de internação, passava até 1.453 minutos (24 horas) dentro do hospital, da hora que dava entrada até ser atendido e liberado. Hoje esse tempo médio caiu para 212 minutos (3,5 horas).