Importação de óleos básicos deve manter crescimento em 2024 no Brasil

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Em 2024, a importação de óleos básicos deve manter o crescimento no Brasil. Segundo os últimos dados publicados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram importados 929.514 m³ de óleos básicos em 2023, o que representa um crescimento de 9,46% em relação a 2022, quando a importação dos produtos alcançou 849.153 m³.

Os investimentos na melhoria da infraestrutura dos portos são fundamentais para garantir o aumento da importação dos óleos básicos, que chegam ao país por meio de navios de grande porte, especialmente nos portos do Rio de Janeiro e de Santos. Nesse sentido, o Porto do Rio recebeu recentemente investimentos para ampliar a capacidade de importação por meio de navios de maior porte, tipo Panamax.

Os aportes financeiros foram feitos pela ICONIC, líder nacional do setor de lubrificantes, com o objetivo de aumentar o calado do porto fluminense e reforçar a oferta dessa matéria-prima essencial para a indústria de lubrificantes. O aumento do calado no porto fluminense proporcionará que a ICONIC dobre, nos próximos dois anos, o volume de óleo básico comercializado com relação ao ano de 2023.

A ampliação do calado dos berços que a empresa utiliza no Porto do Rio de Janeiro – e de outros três pontos da Baía de Guanabara – também promove melhorias nas condições de manobrabilidade e possibilita que navios maiores possam atracar na região portuária. As obras foram finalizadas no final de 2023, seguindo as melhores práticas de desmonte de rochas subaquáticas disponíveis no mercado, com total segurança, proteção ambiental e conformidade com autoridades e órgãos de fiscalização competentes.

“O projeto de ampliação do calado do Porto do Rio é um marco para o segmento de lubrificantes e a ICONIC tem muito orgulho de liderar e patrocinar esta obra, que tem apoio de toda comunidade marítima e portuária do Rio de Janeiro. A remoção das rochas subaquáticas naquele trecho da Baia de Guanabara vai oferecer maior segurança para navegação, melhores condições de manobrabilidade para as embarcações e a possibilidade de receber navios de grande porte, sem falar no legado e impacto positivo que esta iniciativa traz para todos os entes que operam naquele setor do Porto do Rio.”, analisa Márcio Aziz, diretor de operações da ICONIC.

O executivo reforça que a ICONIC recebe óleos básicos importados, não disponíveis no mercado brasileiro, neste trecho do Porto: “A perspectiva de receber embarcações de maior dimensão e capacidade de transporte nos torna mais competitivos e aumenta a confiabilidade de suprimento para o mercado nacional”, adiciona Aziz.

RECUPERAÇÃO DO MERCADO PÓS-PANDEMIA

É importante ressaltar que o Brasil é um dos principais importadores globais de óleos básicos do grupo II e III. O país ainda será importador de óleos básicos por um longo prazo, visto que não há produção de grupo III no país e a de grupo II ainda é muito menor do que a demanda. Os Estados Unidos são o principal mercado de aquisição deste insumo pelo nosso país.

Cabe lembrar que o setor vem se recuperando para atender a demanda global de básicos no pós-pandemia, quando portos fecharam, custos foram ampliados e a logística internacional foi comprometida. Sem contar as variáveis que influenciam a precificação, como os efeitos geopolíticos, caso da guerra da Ucrânia, que podem fazer com que os preços destes derivados disparem independentemente da disponibilidade e dificultem a sua aquisição.

“Estabelecer um fluxo contínuo para importação de óleos básicos é muito importante e significa ter um suprimento de excelência para fabricação de diversos produtos do mercado, como óleos lubrificantes de motor, industriais e fluidos de processamento de metais de elevada qualidade e desempenho”, avalia Marcelo Guimarães, gerente executivo da ICONIC BaseOil, unidade de negócios de óleos básicos da ICONIC.

Mais de 15 setores estratégicos da economia, como o agrobusiness, dependem desta importação e da aplicação de lubrificantes de elevada performance em maquinário para uso em condições extremas. Este processo ainda apoia o aquecimento da atividade operacional na reindustrialização nacional e proporciona boa performance para a frota nacional de veículos leves e pesados.(Assessoria)